terça-feira, 22 de dezembro de 2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Do Sismo de ontem

Desculpem-me desde já, mas vou ter que falar no Sismo. Apanhei um susto de morte!!!
Estou muito perto do local do sismo e moro num andar alto, logo, a minha casa abanou toda. Cairam-me coisas para o chão e tudo.
Estava a dormir e acordei em sobressalto, os 3 ou 4 segundos durante os quais senti tudo a abanar, ainda meio atordoada, e sem perceber logo muito bem o que se estava a passar, pareceram-me uma eternidade! O que me valeu foi a descontracção do meu homem que me viu tão nervosa que achou que se mostrasse o mesmo eu tinha um ataque, e então ainda gozou com a situação.
Nunca tinha sentido nenhum e não gostei nada da sensação...
Medoooooooooo....

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

As confusões continuam

Desde que ela entrou no meio, têm sido só confusões/chatices, umas atrás das outras. Faz as coisas sem falar com as pessoas, depois apresenta-lhes o resultado final, sem mais nem menos. Quanto a mim, ando simplesmente a apagar fogos, e vá lá que ainda consigo impor algum respeito, e as maiores confusões tê acontecido quando eu não estou presente. Assim que a apanham sozinha, caem-lhe em cima. E às vezes com razão. Estou sempre a fazê-la ver que as coisas têm que ser faladas, porque quando se trata de pagar o que quer que seja, é bom que haja uma informação prévia, sob pena de nunca mais vermos a cor do dinheiro.
Até me passo. Já discutimos uma vez. Ao telefone. Exaltei-me demais, estive quase uma hora a "gritar" para que ela percebesse o que eu estava a dizer. Aprendi cedo que temos que batalhar para conseguir o que queremos, e que essas batalhas não se travam de um dia para o outro. Algumas custaram-me anos de esforço, mas nunca desisti.
Agora custa-me imenso ver-me envolvida em situações que escaparam ao meu controlo, que eu só soube depois, que não tive voto na matéria. Custa-me ter que ser eu a dar a cara e a pedir desculpa por coisas que não fui eu que fiz. Custa-me que ao afastar-me arraste algumas pessoas comigo, porque estavam habituadas a mim e não conseguem lidar com a nova. Vai-me custar muito a reunião que tenho que fazer no principio do ano, para por os pontos nos is mas vai ser necessária. Depois, posso começar gradualmente a cortar o cordão umbilical que me mantem presente, mas só depois. Só depois de explicar o porquê a quem ainda não sabe. Fica escrito, para mim, que vou deixar bem claro que têm que começar a deixar de contar comigo...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Compras relâmpago

Eu adoro o Natal. Aborrece-me um bocado o facto de gastar sempre rios de dinheiro, mas para mim vale sempre a pena.
Este ano com tantos acontecimentos nos últimos tempos, parece que até me esqueci que o Natal está aí à porta. Por muito que me esforce, ainda não me cheira a Natal, nem a árvore enorme que tenho na sala me fez sentir em mim o espírito Natalício.
Com isto as prendas, que este ano estão destinadas a ser poucas, as inevitáveis, ficaram todas para Dezembro, ao contrário dos outros anos que antes do final de Novembro já comprei tudo. Ontem fui às compras. 1h30 e 50 euros depois tinha tudinho comprado (pronto quase tudo). Fica a faltar a amiga M. porque não encontrei o que procurava, o meu cara-metade, o meu irmão e os meus pais (que já está escolhido, é só ir buscar).
Nunca tinha feito compras de Natal assim à pressa. Mas gostei :)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Eu só faço figuras tristes

Então não é que há bocado me desfiz em lágrimas em frente a uma pessoa que mal conheço... O assunto era delicado e a minha sensibilidade está em alta. A camada de nervos foi tal que custei a acalmar-me. Eu sei que choro por tudo e por nada, mas isto foi exagero... e tive consciência desde a primeira lágrima que custei a segurar, mas por mais que tivesse tentado não consgui controlar-me! Uma vergonha, portanto.
Agora não sei se hei-de ir lá pedir desculpa por ter ficado naquele estado (porque a pessoa em questão ficou aflita por me ver assim), ou se fique sossegadinha no meu canto, e finja que nunca aconteceu...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ainda estou a digerir...

... o que me contaram há pouco. Deram a custódia da filha da minha amiga ao pai. Ninguém sequer falou na audiência, nem a deixaram abrir a boca para dizer o que quer que seja.
Mesmo que a decisão acabasse por ser a mesma podiam ter ouvido as partes envolvidas... Digo eu... Ela está de rastos. O recurso já está a decorrer. Vou torcer para que se resolva. Afinal, os podres do menino têm que vir à tona. Tenho esperança que ele se consiga enterrar sozinho!

Estive de férias, daí a ausência. Mas já estou de volta para a minha fiel "meia dúzia" de leitores.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Há sempre um Obcecado!

Nunca tinha conhecido ninguém assim. E mesmo ele, que eu pensava conhecer tão bem, praticamente desde sempre, nunca me faria adivinhar a pessoa obcecada que se veio a revelar. Foi o primeiro namorico de beijo na boca a sério, tinha eu os meus 12 anos. Encontravamo-nos no vão das escadas do prédio dele. A coisa durou uns quantos meses. Pelo caminho "curtiu" com uma colega de turma e contou-me. Eu inocente, dei valor à sinceridade e desculpei. [aprendi logo aí que quem faz a primeira, faz a segunda e a terceira e as outras todas seguintes]. Depois, mais tarde, apanhei-o nas curvas, em mais uma mentira e acabei tudo com ele. Foi o maior drama de faca e alguidar da minha vida até à altura. Depois afastámo-nos. Durante alguns anos viamo-nos ocasionalmente e conversávamos como velhos amigos. Cheguei a pensar que ele tivesse mesmo mudado, tinha uma namorada de longa data, que afirmava ser a mulher da vida dele. A minha vida continuou, nunca perdi muito tempo a pensar naquele primeiro namorico. Alguns anos mais tarde, por volta dos meus 17, tive um namorado que os meus pais conheciam e que por isso acabaram por saber da relação. Durou poucos meses e quando acabou, não sei como, o outro descobriu. Começou a aparecer, a visitar-me, a mexer em recordações daqueles tempos em que nós os dois, uns miudos, namoriscámos. Roubou-me um beijo e não me largou a porta enquanto não lhe dei outra oportunidade. A namorada dele tinha-lhe pedido um tempo, e ele teve que ocupá-lo com alguma coisa. Tornou-se uma cola. Vá lá que foi por pouco tempo. Passadas umas semanas disse-me que tinham repensado a relação com a namorada, que eu era uma boa recordação, mas que gostava era dela. Concordei, e foi cada um à sua vida. Para mim aquilo não tinha passado de uma diversão que me fazia bem ao ego. Para ele veio a revelar-se o início de uma obssessão que durou uns 2 anos. Pouco tempo depois aparece-me à porta a pedir para falar. Ouvi as coisas mais disparatadas que podia ter ouvido. Que gostava dela, mas que também gostava de mim. Que não queria ficar sem ela, mas que não podia ficar sem mim. Que queria as duas, portanto. Lembro-me que me fartei de rir na cara dele, que chorava baba e ranho. Nessa altura estava eu a começar o namoro com o tal que foi o first love. Ele custou a perceber, mas acabou por afastar-se. Tive 1 ano e meio de descanso desta melga, mas assim que se soube que o namoro tinha acabado voltou à carga. Até ameaças ele me fazia, de aparecer nos sítios onde eu estava, de ir falar com os meus pais (havia de ter uma sorte linda), de fazer escândalos se eu não me encontrasse com ele para conversar. Mais sabia eu o que ele queria. Acabei por ceder, encontrei-me com ele, expliquei-lhe um milhão de vezes que não sentia nada por ele, que não ia haver mais nada entre nós, mas ele não percebia, tentava abraçar-me e beijar-me cada vez que eu baixava as defesas. Não cedi, vim-me embora e afastei-me dele. Durante uns meses, perseguiu-me, telefonava-me a toda a hora, mandava-me recados pelo meu irmão, pelas irmãs dele, por amigos... enfim uma melga. Sim, porque eu sabia que ele era inofensivo, nunca o vi como uma ameaça, era mais uma pedra no sapato. Depois disto tudo, quando ele já tinha voltado pela 50.ª vez para a namorada de sempre, consegue atirar-me para um filme indiano. Chegou ao ponto de a namorada me telefonar a pedir contas. "O que??? Desculpa lá, mas tu deves conhecer o namorado que tens, e eu não tenho nada a ver com isso", depois de ter respondido a uma mensagem dele, mas fora do timing que ele esperava - 3 horas depois de a ter recebido. Claro que eu é que fiquei como má da fita. E desde aí, nunca mais lhe falei. Para mim chega de confusões por uma pessoa que não me diz nada.
De malucos obcecados, para mim, chega!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O mal de viver num apartamento

Ora eu que morei, a vida toda numa casa térrea, nos arredores da cidade, onde não havia problemas nem de barulhos, nem de estacionamento, nem de confusões de género nenhum, vi-me "obrigada" a viver num apartamento (que era o que o orçamento permitia), num prédio de 9 andares. E aí começou a aventura há quase 3 anos. Primeiro, até me habituar ao ruido da estrada movimentada que passa lá perto, foi um filme, depois eram os vizinhos do andar de baixo que discutiam às tantas da madrugada, e mais os filmes para arranjar estacionamento... Mais tarde começaram os problemas mais graves, do condominio, do contrutor, das pessoas parvas. Um dia cortam-nos a luz do prédio por falta de pagamento, noutra vez rebenta-se um cano da bomba e lá ficamos uns 4 dias sem água, agora o mais grave de todos: estamos há 4 dias sem elevador, o que a mim me implica subir até ao 8.º andar. E tudo isto porquê? porque as pessoas esquecem-se que para morarem num prédio têm que pagar condomínio. E sem dinheiro não há arranjos e os dos elevadores mandaram cortar. E acham voces que alguém (para além dos que pagam) se importou? qual quê! Ainda ontem ia uma a reclamar escada acima, e eu como não consigo estar calada tive que lhe responder! Quase que me engoliu com o olhar, mas nem me respondeu, calou o bico e foi subindo a passo acelerado...
Estou pior que estragada com esta situação toda, é de loucos. Coitado do maridinho que tem que carregar com as coisas que são precisas porque aqui a donzela não pode fazer grandes esforços...

Blog a meio gás

Voltei.

O blog tem andado quase morto mas já estou de volta com um novo fôlego. Espero não ter afugentado a meia duzia de leitores que já tinha (poucos, mas bons).
Agora que o stress do trabalho já acalmou, vou fazer um esforço por manter esta "casa" arrumada e actualizada :)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

As más avaliações e os mal-entendidos

Em relação a este assunto. Já falei com ela. Já pedi desculpa. Foi tarde, já a tinha magoado. Mas não foi tarde demais. Como dizem os brasileiros "abri o jogo", contei-lhe o que se passou, o que senti, as pressões, o cansaço, o stress por que tenho passado. Ela não merecia o que fiz, induzida pela má atitude de terceiros. Dei valor a mais a quem não devia. Sinto-me muito mal com isto. Mas espero conseguir recompor o mal que fiz e seguir em frente. Em breve vamos as duas desligar-nos de lá. Eu pelo motivo mais válido de todos e ela por mim. Quem lá está agora, quer que ande tudo à sua maneira, quer transformar uma coisa que sempre foi de tratamento simples, em algo muito complexo, de um dia para o outro. Sem esperar até que seja possível darem-lhe os mecanismos e as condições que precisa para isso. Acho que as coisas vão correr mal. Espero que não, mas acho que sim. Eu não vou estar lá para ver.
Custa-me entregar a pasta, mas é o que vou fazer o quanto antes.
Ontem fui sincera, devo ter-lhe ferido o orgulho com o que disse, mas não conseguia estar a continuar a ouvir sem me manifestar. Também teve azar, apanhou-me num dia não, e disse tudo o que andava há meses para lhe dizer. Espero que seja adulta o suficiente para compreender a minha posição como eu compreendo a dela (embora não concorde). Depois de meia hora ao telefone, onde os ânimos de exaltaram por vários momentos, o desligar da chamada ter-me-ia feito chorar, de nervos. Mas não, ao contrário do que eu própria esperava, trouxe-me serenidade que bem preciso. Afinal, há coisas bem mais importantes a acontecer na minha vida do que birrinhas de meninas...

sábado, 17 de outubro de 2009

Se eu alguma vez ouvisse uma coisa destas de um namorado...

rifava-o na hora!
Ainda estou em choque e já se passaram alguns dias. Sei que ela gostava muito de ser mãe, mas não será um pouco cedo? ainda só passaram 6 meses que saiu de um casamento e que começou a namorar com ele... Continuo preocupada com esta relação, claro está. O meu homem sempre achou exagerado da parte dele falar em ter filhos com ela quando ainda mal se conheciam como casal. Eu também achei, mas não levei muito a sério. Mas parece que ela levou, já falava em fazer-lhe uma "surpresa" e deixar de tomar a pílula sem ele saber... há dias estavamos na brincadeira e ela queixava-se de estar mal disposta. Alguém disse, em tom de brincadeira, que devia ser gravidez e foi aqui que parou tudo! A resposta dele, muito instantânea: "se for, de certeza que não é meu!". Por favor! isto é lá coisa que se diga em público!? Fez-se um silêncio de cortar à faca e ela ficou super triste, porque afinal estavámos todos a brincar. Mas será caso que esta alminha não pensa nas coisas que diz?
Eu fiquei em choque e só me apeteceu tirá-la dali e gritar-lhe: Manda-o dar uma volta e segue pra outra, ele não te merece! Mas achei melhor não.
Eu não era capaz de deixá-lo ficar imune a uma coisa destas! Não lhe perdoava!
Acho que ela está encantada demais para perceber que esta relação não tem futuro. Só espero é que não caia na asneira de possibilitar uma gravidez, depois disto.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ai a minha vidinha

Tenho a cabeça a mil à hora. Não quero pensar muito, mas não consigo evitar. Queria conseguir esperar até sexta (se não ficar tudo resolvido antes), mas acho que não vou conseguir...

Ai ai ai

(só um desabafo)

Adenda: Claro que não consegui esperar até hoje(sexta), mas mesmo assim não tive uma resposta. Acho que estou grávida. Já fiz 3 testes e fiquei na mesma, com dúvidas, porque as risquinhas apareceram muito clarinhas e não foi logo. Mas enfim. Estou ansiosa e não quero contar ainda a ninguém antes de ter a certeza, e nada melhor que um blog anonimo para desabafar. Não se assustem que o Diferente de Mim não se vai tornar um babyblog. Vou continuar a ser eu e os assuntos serão os mais variados, como até agora. Portanto espero que continuem a visitar-me :)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

[Des]Casamentos

Parece que passa a época Primavera-Verão, época mais propícia do ano a Casamentos, entramos na época Outono-Inverno dos "Des"Casamentos (como opto por chamar). À minha volta estão todos ou a engravidar ou a "des"casar. Claro que me preocupam mais os segundos, principalmente quando se tratam de pessoas a quem eu quero bem.

A minha amiga C. (e vamos voltar às preocupações com as amigas) estava casada há mais de 4 anos e tem uma filha com aproximadamente essa idade. Sempre que a ouvia falar do marido parecia-me notar algum desconforto... E ficava constantemente com a sensação que se mantinham juntos pela filha. É claro que quando uma relação não está bem deixa facilmente lugar para outra pessoa, e 3 pessoas não é o número de uma relação. Sou da opinião que as relações não acabam de um dia para o outro, que vão acabando, que se desgastam quando o amor não chega para superar as dificuldades, e que uma 3.ª pessoa só aparece quando isso acontece. Foi que aconteceu no caso da minha amiga C. Pelo que ela diz só se envolveu (fisicamente) depois de ter terminado a relação com o marido, mas contou-lhe. Disse-lhe que havia outra pessoa. Quis ser sincera... Mas esqueceu-se dos problemas que podia trazer-lhe a sinceridade. Agora, no meio pequeno onde mora, não se fala noutra coisa. A ele só lhe falta andar de letreiro ao pescoço a dizer "a C. deixou-me porque tem outro". Os pais dela estão do lado dele.
Nestas situações sou da opinião que o melhor é esconder a outra pessoa. Ao contar só vamos estar a "ferir" o ego do "lesado", mais nada. Não ajuda como motivo, porque se é motivo, é porque houve espaço para isso.
Já terminei um namoro por outra pessoa. Nunca o trai. Foi um namoro que estava destinado ao fracasso desde o 1.º dia, mas durou um ano. Se alguma vez lhe tivesse contado que havia outra pessoa, pelo menos na minha cabeça, tinha sido um pesadelo ainda maior o final daquela relação.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ai tanta chuva

A chuva tarda mas não falha. Parece que o Algarve fica esquecido quando começa a chever no resto do pais mas rapidamente o Sr. S. Pedro se lembra de nós e vá uma aguinha para animar. Gosto de ouvir a chuva quando não tenho de sair de casa, quando posso ficar o dia inteiro no sofá a ver filmes. Gosto de fazer bolos em dias de chuva. O cheirinho dos bolos quentes conforta o ambiente tristonho do céu lá fora. Mas hoje, que tive de sair para vir trabalhar, e que ainda por cima me molhei até chegar ao carro, porque o guarda-chuva estava onde (não) devia estar - no carro - deixar o carro longe da porta do trabalho, molhar os pés e fazer chlock-chlock não é muito agradável. Fico impertinente como as crianças com um início de dia assim. Até me deu para fazer uma reclamação via e-mail para a Câmara Municipal (isto dá outro post, se receber resposta).


Adenda: Para ir almoçar quase precisei de levar o barco, tal não eram as ruas inundadas aqui nas redondezas. Já à tarde, o regresso a casa fez-se sob um sol radiante. Gosto muito de ti S. Pedro!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Amigos, amigos, negócios à parte

Quero ser o mais justa possível, mas não estou numa posição fácil. Há mais de 10 anos que "trabalho" praticamente sozinha num projecto que me é muito querido. A única ajuda que tenho tido, mesmo que pouca e por vezes ineficaz, tem sido a dela. Foi nela que descarreguei os nervos e o stress das situações mais complicadas, foi nela que tentei delegar o trabalho, visto fazer parte da direcção. Passei a frequentar a casa dela e quase a fazer parte da família. Muitas vezes olho para trás e vejo que mesmo assim fiz quase tudo sozinha, que o que ela ajudou foi a meu pedido, e o que fez por iniciativa dela não facilitou em nada o trabalho. Há bastante tempo que penso que a posição dela no trabalho deveria ser substituida. Que devia entregar a pasta e passar o lugar a outro que estivesse mais disponível. Nunca lhe disse nada, porque eu própria não daria conta do recado sozinha (do meu e do dela), porque ia sempre precisar de uma pessoa, e embora a minha confiança nela, enquanto "profissional" não fosse total, e sentisse necessidade de supervisionar sempre tudo, enquanto amiga gosto muito dela. Quero poder dizer que as coisas não mudaram assim tanto, desde há 5 ou 6 meses, mas não consigo. Outra pessoa chegou, e houve mudanças muito significativas. Agora somos duas na minha posição, e a posição dela tem sido posta em causa, porque afinal sou eu, e agora também a nova colega, que fazemos tudo. E o que lhe pedimos para fazer ela não faz. É certo que eu culpo-me imenso por ter deixado passar muitas situações que não devia, que prejudicaram a minha autoridade e o meu trabalho, mas não podia perder a única pessoa que, mal ou bem ainda me ajudava. Agora acho que já chega. Tenho que por um ponto final nisto. Estou farta de ouvir falar mal dela, e de concordar (mesmo que só para mim). Pedi-lhe uma conversa entre as duas. Vou ser sincera. Não quero perder a amizade que tenho por ela, não quero que ela fique magoada comigo, mas a única coisa que posso fazer neste momento é abrir o coração e esperar que ela compreenda e que não se afaste. O sentimento de culpa tem-me invadido os pensamentos nos últimos dias. Não quero ser injusta, mas se não aproveitar a oportunidade que tenho agora de levar este projecto mais além, posso nunca vir a ter outra. E para isto corro o risco de perder uma amizade, corro o risco de fazê-la pensar que estou a ser injusta, que usei e deitei fora... espero que seja madura o suficiente para perceber, espero que não me culpe, espero que não se afaste...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sentido de dever cumprido

Acabei de me inscrever no Registo Português de Dadores de Medula Óssea.
Há já tanto tempo que estava para o fazer e foi preciso ouvir mais um apelo de uma pessoa conhecida para pegar em mim e ir.
Já dei sangue algumas vezes, mas não sou Dadora regular. Agora isto não custa mesmo nadinha. É só ir a um Hospital ou ao Centro de Histocompatibilidade do Sul, preencher o formulário, falar com o médico e retirar uma seringa de sangue para análise, e ficamos registados até aos 55 anos. Se o nosso sangue parecer compatível com o de alguém que precisa somos chamados para mais análises e se se vier a confirmar a comptaibilidade temos que ir a Lisboa ou a Coimbra para fazer a doação de medula.

Não custou nada e hoje, por isto, sinto-me bem.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A idade importa?

Sempre que vejo uma rapariga com 20-30 anos com alguém com idade para ser pai dela, questiono sempre a relação. É inevitável. É certo que há homens de 50 anos super charmosos e que nem sequer aparentam a idade, e, confesso, nesses casos, nem penso muito. Agora quando eles são velhos caquéticos, malcriados, atrevidos e abusados, até me arrepio. Pergunto-me sempre qual será o motivo para uma mulher jovem estar com um homem destes, se será o dinheiro, o conforto material, a companhia... os motivos nunca ne parecem suficientemente válidos. Pode ser apenas preconceito meu, mas o que é certo é que não consigo evitar.Ainda ontem vi um homem que conheço, de cerca de 60 anos, com uma miúda na casa dos 20 e poucos. Logo pensei que fosse filha ou empregada dele, porque o ajudava no negócio, mas disseram-me que era a sua mais recente conquista. Ele tem muito dinheiro, ela aparentava ser de um meio pobre, pelo menos em educação. Estava toda aperaltada, com um gosto exagerado de quem nunca pôde ter o que tem agora. Restaram-me poucas dúvidas. Ou então é apenas o preconceito a falar.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sem preconceitos

É fantástico assistir à catalogação que ele faz dos outros. Diz-me que consegue facilmente identificar a orientação sexual deste ou daquele apenas com a observação atenta por alguns minutos. Ele, gay, assumidíssimo, é uma pessoa discreta. Eu achei-lhe piada. Conheço-o há tantos anos, mas há muito que não o via. Desconhecia estas evoluções todas, estas revelações. Não posso negar que é estranho ouvir isto de alguém com quem convivi em criança, não que não esperasse, apenas por não conseguir conceber esta ideia, por não conseguir afastar a imagem daquele miúdo tímido e simpático do antigamente.
Refere-se a um conhecido que diz ser sem o saber. Daqueles que o mais certo é vir a casar, ter filhos, e que só depois de algum tempo tem a certeza que não quer uma mulher, mas sim um homem. Esse até eu consigo identificar, é quase uma versão jovem do Manuel Luis Goucha. Esse deve estar a enganar-se a si próprio. Não creio que haja alguém que o conheça que não ache o mesmo.
Foi estranhamente engraçado reencontrá-lo. Foi um reviver de velhos tempos , no mesmo meio, mas com outra perspectiva. Adorei.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ai esta ansiedade

Às vezes gostava de ser menos impaciente, menos ansiosa. Gostava de conseguir esperar que as coisas se resolvessem sem estar constantemente a pensar nelas, sem que me tirassem o sono. Faço um esforço enorme para não me preocupar, mas por vezes é difícil, ainda para mais quando depende de terceiros, quando dependo dos outros paraum resposta que nunca mais chega. Nop meio disto tudo o que me tira do sério é quando a pessoa que me deve dar uma resposta, uma solução, simplesmente evita falar comigo. Se sim, é sim, muito bem, senão prefiro saber logo, ao menos não ando empatada e resolvo o probelma de outra forma. Evitar-me para não ter que dizer que não é bem pior do que uma resposta negativa. Esta ansiedade está a esgotar-me. Sinto-me muito cansada...

Adenda: O post estava escrito já há dias e agendado. A situação acabou por resolver-se. Fiz um drama por nada, e já me arrependi de ter duvidado desta pessoa que tem estado sempre do meu lado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dos menores aos maiores

Problemas. Estão sempre relacionados com as nossas prioridades. Quando temos algo que nos preocupa é esse o maior problema da nossa vida. E aí, todos somos egoístas. Não importa que possam haver problemas maiores mesmo aqui ao lado, o que importa são os nossos, por isso mesmo, porque são nossos. Agora quando nos deparamos com um problema grave, olhamos para trás e achamos que gastamos demasiadas energias ao dar importância a coisas insignificantes. Foi o que me aconteceu há dois meses. A minha avó, que me criou, e com quem sempre vivi, uma mulher cheia de saúde, ficou, de um dia para o outro, limitada a uma cama de hospital, quase sem se mexer, e sem falar. AVC, muito, muito extenso. O pior para ela é que está consciente de tudo à sua volta e não se consegue expressar. Desde esse dia, eu o meu irmão, e, principalmente, a minha mãe, temos desdobrado o nosso tempo para acompanhá-la o mais possível, para que tenha sempre visitas, mais que uma vez por dia, para se sentir amparada e acompanhada. Até agora temos conseguido, e ela a pouco e pouco tem vindo a melhorar, mas nunca vai voltar a ser como era. Nunca mais vai voltar a ser independente, vai sempre precisar de nós para tudo, ou, na melhor das hipóteses, para quase tudo. É claro que a minha mãe sobrecarrega-se a ela para nos poupar, mas também não podemos deixar que ela entregue a vida dela à doença da minha avó. Está desempregada há um ano e agora surgiu uma oportunidade de trabalho, uma boa oportunidade. Mas levanta-se a questão: como vamos fazer quando a minha avó tiver alta, daqui a pouco mais de um mês? Não vai poder estar sozinha, e a familia somos só nós. A minha mãe não pode deixar de trabalhar. E não há dinheiro para pagar o balúrdio que pedem num lar (em condições, porque está completamente fora de questão ir para um qualquer). A olhar para isto, desvalorizo tudo o que valorizei até agora. Todos os "problemas" que tive até aqui foram legítimos, mas em importância não chegam nem perto deste. Talvez, isto me tenha servido de lição. Talvez comece a dar valor ao que realmente importa. Talvez olhe para o futuro com outros olhos. Ou talvez não. Talvez continue a valorizar as pequenas coisas e a preocupar-me com elas, como até aqui. O que é certo, é que vou sempre parar e comparar, porque foi comigo. E não posso ser hipócrita e dizer que antes conseguia valorizar o que acontece com os outros, porque não é verdade. Só conseguimos atribuir valor ao que nos bate à porta.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tirem-me daqui que eu não sei andar nisto

ai ai ai ai ai
Meti-me numa alhada das grandes. Vou fazer uma coisa que não faço há anos. Desafiaram-me. Diz-se que uma vez que já se aprendeu é como andar de bicicleta, nunca se esquece...
Ai ai
A pressão é muita, ainda faltam duas semanas, tenho tempo para praticar, mas já estou nervosa...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Já saiu o veredicto

Já estava eu a pensar que a chefia não tinha coragem de a pôr a andar. Já imaginava como seriam os próximos meses com ela e como me ia passar da cabeça por ter que aturá-la. Mas afinal, conseguiu-se chegar à conclusão que simplesmente não servia para o trabalho. Venha outra. Prefiro mil vezes perder tempo a ensinar a uma pessoa tudo desde o início, do que estar constantemente a ouvir queixinhas das porcarias que esta fazia. E ainda mais essa, as queixinhas costumam ser feitas a mim, e não à chefia.
Não lhe quero mal. Mas será uma pessoa que a partir de agora me vai ser indiferente. Chamem-me bruta, fria, rancorosa, o que quiserem. A minha relação com ela (que era a mínima indispensável) acabou. Finalmente. Odeio pessoas egoistas, mal agradecidas e convencidas. Se ao principio tinha pena dela, com o passar do tempo deixei de ter. As pessoas apanham o que plantam. E, a esta miúda, não vejo um futuro muito risonho. Espero estar enganda, porque não lhe quero mal. Afinal de contas, não quero saber. Que seja muito feliz, longe do meu trabalho.

Seria hipócrita se escrevesse outra coisa...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Assim ninguém aguenta

Eu sou uma pessoa naturalmente bem disposta. Daquelas que até costuma acordar bem disposta e conseguir estar sempre alegre e sorridente. Gosto da tranquilidade e descontração que isso me traz. Convém é que não me tentem pisar os calos, senão saio de mim. Diz, quem me conhece bem, que até mudo de cor, e que os meus olhos parecem munidos de raios laser quando não posso dizer nada, porque quando posso é até gastar o meu latim (o que demora). Ainda ontem uma colega dizia que não me imagina chateada. Ainda bem para ela, porque não deve ser nada bonito de se ver.

Ontem de manhã, acordei e não tinha água (a bomba do prédio parece estar avariada). O drama. O Horror. Para mim uma lavagem à gato não me serve, mas lá teve que ser. Quando cheguei a casa ao final do dia, já havia água e lá tomei o meu duche, para ao menos me deitar cheirosa. Hoje, acordei à hora prevista, levo a trouxa para a casa de banho meto-me na banheira e qual não é o meu espanto quando abro a torneira e nada. Até me passei. Toca de por tudo num saco e rumar à casa dos meus pais para tomar banho. Quando a porta do elevador abre, vinha a minha vizinha de cima, com uma cara identica à minha, possessa, e dois andares abaixo, entra outra ainda mais furiosa. Não sei como é que aquele elevador não pegou fogo, tal não eram as faiscas que saíam de cada uma de nós. Uma senhora que se preze não sai de casa sem o seu duche matinal. Mas pronto, lá fui eu tomar banho à casa dos papás. Levei tudo, mas não é a mesma coisa que me arranjar na minha casa.
Assim, hoje sinto-me descomposta. Cheirosinha, bem disposta, mas parece que não é a mesma coisa.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Os Homens e os Carros

Talvez não seja a única a reparar que há homens que quando se juntam a primeira coisa que fazem é abrir o capot para ver a "máquina". Será que têm algum complexo de inferioridade pessoal e que lhes faz crescer o ego andarem a ver quem tem a melhor máquina, o melhor motor? Isso leva-me a outro assunto. O carro na visão do homem e o carro na visão da mulher. Para o homem, o carro tem quase o tratamento que tem a mulher. Tem que ser tratado com carinho, com dedicação, estimado. Não conheço nenhum que não tenha sempre o seu carrinho limpinho por dentro e por fora e bem perfumado. Para as mulheres, (pelo menos para a maior parte das que conheço) o carro é para por combustível e andar. De vez em quando lá se compra um ambientador, e pouco mais. As lavagens automáticas riscam o brilho do carro, e aquelas de self service, molham uma pessoa toda e é se tivermos força para segurar na pistola que com a água a correr parece que ganha vida própria. De cada vez que o meu homem pega no meu carro já sei que vou levar dias a ouvi-lo: não tens vergonha, o carro todo sujo. Consegues ver alguma coisa, com o vidro assim? Não deites as garrafas de água e de iogurte vazias para o lixo, que elas vão sozinhas, etc, etc, etc. Por isso evito ao máximo que ele se aproxime do meu carrito. O que eu não percebo mesmo é se lhes faz confusão, porque é que não fazem a boa acção do dia e não vão lavá-lo. Era uma prova de amor à maneira.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Melhores Amigos...

Aprendi muito cedo a não utilizar a expressão "melhor amiga"/"melhor amigo". É verdade que aprendi cedo, mas aprendi tudo à minha custa. À custa de muitas desilusões, de muitas cabeçadas na parede. Com 13 anos já sabia que os melhores amigos por vezes não são aqueles com quem estamos mais, de quem estamos mais próximos, mas aqueles com quem podemos contar sempre, que não nos cobram atenção, que simplesmente são nossos amigos e isso chega só por si. Desde então nunca mais consegui usar o termo melhor amigo.
Tenho algumas amigas especiais. Tenho algumas que conheço desde sempre, outras que conheço há menos tempo mas que parece que sempre estiveram ali. Cada uma é importante à sua maneira, e não consigo dizer que uma é mais amiga que as outras. Mas há uma amiga, que tenho desde o secundário, e que eu tinha como "A amiga", e que apesar de nos termos afastado fisicamente continuamos a manter contacto. Por vezes passavam-se meses que não falavamos mas bastava um telefonema para pormos a conversa em dia. Sempre que ela vinha de férias estavamos juntas, nem que fosse para um café. Mas de há uns tempos para cá sinto que ela se tem vindo a afastar... Principalmente desde que eu casei. Ainda foi algumas vezes lá a casa jantar connosco, mas tem sido cada vez menos o contacto. Eu nunca deixei de estar sozinha com ela por ter o marido em casa, mas tenho a sensação que a amizade já não é a mesma. Já no verão passado tinha achado que estavamos mais distantes. Que o facto de ela não ter namorado a fazia aproximar-se de outras pessoas que estavam também sozinhas, para disfrutar ao máximo das festas. Eu não sou muito de grandes noitadas, nunca fui, e o marido não é uma condicionante. Isto tudo para dizer que fiquei muito triste por saber que ela esteve cá de férias 2 semanas e nem me disse nada. Nem uma mensagem recebi a dizer que estava cá. Até podia acontecer não ter dado para estarmos juntas, mas ao menos tinha sentido que havia uma vontade de saber de mim. Fico triste. Não vou cobrar a visita, nem o telefonema. Não vou esperar que ela me ligue primeiro. Afinal, as amizades não se fazem de cobranças, mas de compreensão. Mas cá no fundo penso muitas vezes em como foi possível ter estado a 5 minutos de mim durante 2 semanas e não querer estar comigo.

Fiquei triste, só isso, e isto não passa de um desabafo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ainda a propósito

...deste post.
Acho que o que sinto é legítimo. Não tenho que me sentir mal por isso. Não me vou afastar, pelo menos para já, e ainda menos quando sinto uma vontade dela em desenvolver um trabalho de equipa. Ontem tive provas disso. Pediu-me que fosse com ela a outra reunião, porque afinal a responsável sou eu, e ela só chegou à equipa agora. Fiquei contente por ser assim. Fiquei contente por sentir que não quer ocupar a minha posição, que quer apenas estar ao meu lado e desenvolver um projecto em equipa.
Ultimamente tenho apanhado tantos baldes de água fria que começo a achar que o normal é as coisas correrem mal, é haver algum interesse maléfico escondido em todas as atitudes. Ontem, fiquei supreendida por ter percebido que os meus receios não tinham fundamento, e não devia ter ficado. Devia ter sabido, à partida, que seria o rumo certo. Afinal, fui eu que lhe dei a oportunidade. Afinal, conheço-a há muito tempo.
Estou satisfeita com a minha escolha. Estou orgulhosa de mim. E dela.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pessoas estranhas (parte I)

Às vezes parece que tenho um sensor e que atraio pessoas estranhas... E como se não bastasse o facto de surgirem à minha volta, ainda têm que abordar-me, que falar comigo... São daquelas coisas que dispenso totalmente.
Ainda esta semana um acontecimento surreal no elevador do meu prédio (o que eu odeio aquele cublículo). O meu vizinho do lado é daqueles homens que parece que deixou a nave na garagem e anda a vaguear pela terra em busca de qualquer coisa que eu ainda não consegui descobrir o quê. Para além do cabelo comprido, com aspecto assim a dar para o oleoso (blherc), e da barba sempre por fazer (e não, a ele não lhe fica bem), o homem transpira que se farta, ao ponto de andar sempre encharcado (que me desculpem os leitores a descrição... até me estou a arrepiar). Já por diversas vezes reparei que tentou meter conversa comigo, o que me pareceu normal, porque afinal todos queremos boa vizinhança. No outro dia no elevador enquanto subíamos, sozinhos, os 8 andares, volta-se para mim e solta a bomba: "tu não te chamas *****?". Eu muito encavacada, disse que sim... e perguntei como é que ele sabia. Diz-me ele que não sabia, mas que tinha a sensação que era o meu nome. Eu devo ter ficado com uma cara de parva tal que ele muito prontamente disse que devíamos ter andado na mesma escola... Realmente a cara dele, com menos uns aninhos, diz-me qualquer coisa. Provavelmente era amigo de alguns amigos meus. Mas um "ataque" daqueles apanhou-me desprevenida. Agora cada vez que o vejo à porta de casa no café, fico a torcer que ele não se lembre de "apanhar boleia" no mesmo elevador!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A mudança

Não queria mudar. Estava tão satisfeita com o meu blog, com algumas visitas que já ia recebendo, e não queria ter que mudar de endereço. O que aconteceu foi que o meu blog anónimo foi descoberto, por distracção minha. Não é que sinta que tenho algo a esconder, mas a intenção de ter um blog anónimo é podermos escrever o que quisermos, sem pensarmos se devemos referir isto ou aquilo. Aqui quero preocupar-me apenas em escrever o que bem me apetecer e apesar de me ter prometido que não ia voltar a abri-lo, que se é importante para mim ia tê-lo como um diário, que por ser meu, e privado, não seria nunca capaz de ler. Eu confio nas palavras, mas prefiro não ficar na dúvida, prefiro continuar a sentir-me livre.

Assim, só o que muda é mesmo a morada porque a casa e a autora são as mesmas.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quando vemos que as coisas funcionam bem sem nós

... nem sempre é fácil. Tenho um trabalho/hobbie há já uns largos anos ao qual me dedico por gostar e não pelo dinheiro que me traz. De há uns 3 anos para cá tenho tido vontade de deixar aquilo, porque me dá mais chatices do que outra coisa. Nunca tive coragem por não ter uma pessoa de confiança a quem entregar a "pasta" e o meu trabalho de vários anos, e não entregaria a qualquer um. Há uns meses encontrei essa pessoa, uma pessoa que conheço desde miúda, e que tem capacidade para pegar no meu trabalho e não o deixar morrer.
Agora levanta-se uma questão... podia deixar aquilo de vez, porque ela tem a disponibilidade que eu não tenho, e uma ligação ao trabalho ainda maior que a minha. O que acontece é que sinto aquilo um bocado meu. As pessoas "reclamam" a minha presença, a minha paciência, e a minha atitude mais compreensiva, e é isso que me faz continuar a ir lá, continuar o meu trabalho, embora tendo que o dividir (e querendo mesmo dividi-lo). O que acontece é que o facto de estar presente apenas em metade do tempo faz-me sentir cada vez mais deslocada. Sinto que ela pegou no meu trabalho como ponto de partida e quer fazer o trabalho dela. Quer pegar naquilo que sabe, que reconheço que tem todo o mérito, e fazê-lo à maneira dela. Tem tido sempre a preocupação de me pedir opinião e de me por a par de tudo, mas cá no fundo, para mim, não chega. Senti-me mal nas últimas vezes, senti que já não pertenço ali... talvez não pertença. E afinal era o que eu queria. Entregar a "pasta" e vir embora de uma vez por todas. Mas não consigo... é mais forte que eu. Preciso de um motivo mais forte... preciso de uma motivação maior para conseguir cortar o umbigo que me prende a esta actividade há quase uma década.
É uma decisão difícil. É muito tempo dispendido. São muitas pessoas. São muitas amizades. São muitas lutas. São muitas vitórias e derrotas. No fundo, é quase uma vida, paralela á minha, que tem vivido ao sabor da minha e que me é muito querida. Quando tiver que sair, saio. E vou fazê-lo de cabeça erguida, mas de lágrimas nos olhos e coração partido...
Por agora a decisão vai ficar por tomar.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Preocupa-me esta relação (parte II)

É muito difícil ver uma amiga deixar-se levar numa relação e não poder fazer nada. Com ainda tão poucos meses de namoro, e uma casa/vida em comum querer mudá-la, querer que ela mude certos comportamentos não me parece muito bem... Custa-me imenso ouvir certas coisas e não deixar que a minha expressão denuncie o que estou a pensar, a minha incredulidade. Custa-me muito que ela faça certas coisas às escondidas dele por ele não gostar, e dizer que só não deixa de fazer porque não quer. Ainda ontem não me consegui conter e em resposta a isso disse-lhe "acho que não estás a fazer bem... se não deixas porque não queres, não devias fazê-lo às escondidas... é pior...". Mas por outro lado não quero ser dura para ela, não quero, de forma nenhuma, influenciá-la nas decisões dela, porque são isso mesmo: decisões dela. Também sei que se deixar transparecer que não concordo com certas coisas, é inevitável que ela se afaste, por temer que eu vá criticá-la. Eu sei que no lugar dela talvez fizesse exactamente a mesma coisa, por isso vou-me aguentando. Vou fazendo as coisas de forma a que ela perceba por ela.
O que também se torna difícil é fazer o meu homem aturá-lo. São o oposto um do outro. O meu, é bastante reservado, vai devagarinho até conhecer as pessoas, depois, se for preciso, é o mais divertido e extrovertido de todos. O dela é extrovertido de mais, ainda mal olhou/falou para uma pessoa e já somos todos amigos para a vida, quer ser logo o centro das atenções e não se priva de opinar sobre tudo, mesmo quando mal sabe do que se fala. É boa pessoa, mas peca pelo exagero. Se até eu que sou até bastante extrovertida me senti um pouco incomodada ao início, ele então não gostou, mesmo. Acha-o um bocado palhacinho e não tem paciência para aturá-lo... Sei que faz um esforço, porque lhe pedi, porque sabe que ela é importante para mim, e porque também gosta muito dela, mas nem sempre tem paciêcia. Há dias que não consegue.
Custa-me esta situação, e peço desculpa aos meus (poucos) leitores, por este ser um assunto recorrente, mas é a única maneira que tenho de expressar o que sinto sem magoá-la, e até de ter mais alguma opinião de fora... Sei lá, faz-me bem desabafar aqui.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Colas, infiltrados e afins...

Não sei como é que, mesmo quando estou sempre a dizer que não lido bem com situações em que as pessoas se fazem convidadas, ou se colam, como costumo dizer, ainda me acontecem destas... Se há coisa que eu não suporto é isto. Se há qualquer coisa, uma festa, um café que seja, combinado e não fui convidada, sou incapaz de ir. Mesmo que insistam que não faz mal, para mim faz sempre. Se fosse para ir, teria sido convidada. Se quisessem efectivamente a minha presença, tinham dito com antecendência, porque (já dizia a minha avozinha) em cima da hora convidam-se os gulosos.
Ontem fomos ter com uns amigos, que convidamos para irem passar o fim de semana connosco, e com outros amigos nossos (que não conhecem), a meio do café, ele vira-se para um amigo que nós tinhamos acabado de conhecer, e salta-se com um "olha nós vamos com eles acampar, queres vir? anda lá..." eu só pensava diz que não, por favor, diz que não. E vá lá que disse, pelos vistos o moço também não deve gostar destas cenas e desculpou-se com um compromisso qualquer. Mas pior que ele ter perguntado ao amigo (sim porque afinal conhecemos-nos há pouco tempo e podia não saber que eu não gosto destas coisas), foi ela ainda ter ajudado... Ela conhece-me! Devia ter era ficado calada... Fiquei um pouco desapontada com esta atitude, somos amigas, adoro-a... mas há coisas (principalmente desde que está com ele...) que me deixam parva.
Se o rapaz tivesse aceite o convite, ia ser mau, porque eu tinha que falar com ela e dizer-lhe que o convite não se estendia a mais ninguém além deles os dois. A sério, se fosse uma coisa que estivessemos a combinar entre nós, mais amigo, menos amigo, não faria diferença. Agora se vão connosco com pessoas que não conhecem, e se vão como nossos convidados... ou vão os dois, ou não vão. Mas esta não se vai repetir, porque assim que a apanhar a jeito vou-lhe dizer.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mas será caso que vamos ter que andar a bater mais no ceguinho? A meu ver, as atitudes valem mais que mil palavras. Mas também quando dou a minha palavra é para ter em conta, significa que vou cumprir o que estou a dizer.
Não acho que se deva estar sempre a tocar no assunto. As coisas não estavam a correr bem, mas a partir de agora vão correr. Pelo menos no que depender de mim. Ora, se a conversa aconteceu, se dissemos o que tinhamos a dizer, se esclarecemos as coisas e chegamos à conclusão que haviam coisas a mudar, e se assumimos esse compromisso, a meu ver não há mais nada a dizer. Há é muito a fazer...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Preocupa-me esta relação

Preocupa-me que os ciúmes, as desconfianças, venham abalar a felicidade dela. Preocupa-me que a vontade no resultar desta relação a façam sujeitar-se a coisas que não devia. Preocupa-me não poder dizer-lhe isto, não dever, pelo menos assim. Preocupa-me vê-la repetir erros que cometeu no passado. Preocupa-me que ele não seja tão verdadeiro como aparentou para a encantar. Que este amor todo que ela pensa sentir, não tenha sido apenas fruto do final da relação passada...
Sempre achei que se estavam a precipitar, sempre pensei que devia ter tido mais calma em afundar-se noutra relação, noutra casa em comum, meros meses depois de se conhecerem... mas quem sou eu? Agora resta-me estar lá para ouvir, e para fazê-la ouvir-se a ela própria...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

amigos, amigos, negócios à parte

É muito giro lançar-se uma proposta de negócio para o ar. Ninguém dar importância. Voltar-se a lançar. Dizerem que não. Insistitr, insistir, insistir, quase até à exaustão, lançar novamente a proposta... E quando nós ficamos a pensar, quando começamos a ponderar em aceitar a proposta, quando achamos que vamos fazer um grande negócio, essa pessoa dá um passo atrás, quer avaliar novamente a situação. É uma treta ficarmos a pensar numa coisa que não queriamos à partida, por acharmos absurdo, mas que a insistência fez-nos avaliar as coisas e decidir favoravelmente. Agora nós é que ficamos a ver navios!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

De volta ao stress

Acabaram-se as férias dela... acabou-se o meu sossego! Agora voltamos ao stress. Agora porque não teve cá duas semanas e estamos a entrar numa fase complicada, sem precedentes. Parece que estou a adivinhar, o qua vai acontecer é começar a querer resolver as coisas todas sozinha, sem me dar conhecimento de nada, e quando precisar da minha ajuda (porque vai precisar), vai ser tudo em cima do joelho, e vou eu andar feita parva a tentar decifrar coisas sobre assuntos que não conheço. Não havia necessidade de me chatear, se as coisas não parecessem que são feitas nas minhas costas. Se não teve medo ao início que eu soubesse mais que ela, não é agora que precisa ter, porque não quero o lugar dela. Ainda tem coragem para dizer que estou acomodada. Não estou, simplesmente estou desmotivada, e a culpa é muito dela. Se antes vinha trabalhar com gosto, agora custa-me chegar e ter que aturar os dramas de faca e alguidar por coisas mínimas. O ambiente já não é o mesmo, e não vai voltar a ser. Agora sei que está a por-me à prova. E vai ver que o problema não está em mim está nela...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Não posso com isto

Cada vez me enerva mais este ar de coitadinha. Todas as palavras parecem saidas de um manual de Filosofia. Os sorrisos são amarelos e as conversas quase inexistentes. Nestes dias, tem o poder de, em cada coisa que diz, insinuar que eu estou a fazer alguma coisa mal, mas culpando-se sempre a ela.
Fico tão farta disto. Já estive mais longe de deitar tudo ao ar. Não fossem os objectivos pessoais que não quero atrasar mais, procurava outro trabalho, mesmo que fora da minha área, só para não ter que aturar isto. Estou mesmo fartinha, fartinha, fartinha.
Qualquer adversidade, por muito pequenina que seja, parece a maior desgraça de todos os tempos. Aqui, apregoa-se que não se deixa os problemas pessoais afectar o trabalho. Mas aqui, mascaram-se os problemas pessoais de problemas laborais que não existem. Dá-se demasiada importância a assuntos que não interessam, que não têm importância nenhuma, e os que deviam ser mesmo valorizados ficam esquecidos.
Estou cansada. Custa-me imenso aturar isto. Estes 3 dias fora daqui vão mesmo fazer-me bem!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A pressa é inimiga da perfeição

No fim de contas as pessoas precisam de tempo para se conhecerem. Não é por um homem nos dar à partida aquilo que precisamos nesse momento para acharmos que será um amor para a vida. Claro que sabe muito bem. Mas depois, aos poucos, os podres vão aparecendo. E é preciso estarmos atentas a esses sinais. Eu sei que quando estamos apaixonadas, a proximidade não nos permite avaliar de forma eficaz. Agora quem está de fora, consegue ver logo mais além...
Quando se apregoa um amor tão grande, quando houve tanta pressa em começar uma vida em comum, quando se começam a fazer planos para o futuro, não me parece normal que na perspectiva de uma gravidez, ele tenha duvidas se o filho seria dele... Então se andavam a tentar, porque é que não havia de ser? A vontade que eu tenho é de lhe dizer "afasta-te já dele!", isso não vai dar em nada. Se está com dúvidas é porque não te conhece, e duvida de ti. E se duvida, sem lhe teres dado motivos para isso, é porque tem algo a esconder. Talvez tu é que devesses estar desconfiada.
Eu bem dizia que achava tudo muito rápido. Um namoro podemos desfazer, agora um filho é uma ligação para a vida.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Decisão difícil

Demorei tanto tempo até arriscar dizer é agora. Estarmos tanto tempo a decidir se deviamos começar o nosso maior projecto. Um filho. Agora que nos decidimos. Que decidimos deixar-nos levar com a maré, que parecia estar tudo a encaminhar-se... Preocupa-me esta história da Gripe. Cada vez mais. No sítio onde trabalho, o mais certo é não me escapar. Não me tem saído da cabeça que devia esperar, deixar passar este surto de Gripe, e depois voltar a tentar... Mas ao mesmo tempo não queria adiar mais esta decisão. Não queria esperar mais... Tenho a cabeça a mil à hora, e não consigo tomar uma decisão.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ciúmes

Não me considero um pessoa ciumenta, muito menos possessiva. Claro que há sempre aquele ciúme q.b. que acaba por ser saudável numa relação, mas não faço filmes, muito menos daqueles que mais parecem as já quase esquecidas telenovelas mexicana.
Considero que as pessoas ciumentas só têm a perder. Se vão fazer uma cena por uma qualquer razão sem nexo, o que acontece, inevitavelmente de seguida é fazerem a pessoa pensar se haverão motivos para aquele ciume. E mesmo quando se percebe que não há, a partir daquele momento vai passar a haver. Simplesmente porque se vão passar a omitir os factos relacionados com a pessoa em questão, e isso, só por si faz parecer haver alguma culpa.
Mais uma das coisas importantes que aprendi, com um dos meus relacionamentos mais marcantes foi a não ter ciumes. Não levam a nada, pelo menos de bom. Se estamos com uma pessoa, confiamos. Não digo com isto que devemos meter as mãos no fogo por essa pessoa, senão o mais certo é ficarmos queimadas. Devemos confiar, e antes de deixar que uma qualquer nuvem negra paire sobre as nossas cabeças, falar, esclarecer, ser sinceros, perguntar sem medo das respostas.
No meu casamento não há lugar para ciumes parvos. Como não sou nem um bocadinho ciumenta, entendi que havia de lho dizer logo, desdo o ínicio que não suportava ciumes, e muito menos cenas tristes. Ele aceitou. Eu sei que ele é ciumento, mas também não é possessivo. Sei que lhe faz uma certa urticária perceber que outros homens possam olhar para mim e comentar. Faz-lhe muita confusão. Há duas pessoas de quem eu sei que ele sente algum ciume. Uma, um dos meus colegas de trabalho, por causa de uma coisa que eu comentei com ele que o outro tinha dito. Nada de especial, e ainda para mais, se eu lhe contei é porque não havia mesmo maldade nenhuma, mas adiante. Não expressa o ciume, e eu agradeço-lhe por isso. Ainda para mais porque gosto muito do colega em questão, e seria uma parvoice não poder comentar com o meu marido algumas situações do trabalho, apenas por o outro estar envolvido. Outro é um ex. O EX. Sei que não suporta o facto de eu me cruzar com ele de vez em quando, mas tolera, e até já chegou a dar a mão à palmatória e admitiu que ele é boa onda. Quando surgiu a primeira oportunidade, apresentei-os. Compreendo que tenha ciumes dele. Mas também percebeu que não vale a pena e que tem que respeitar a relação profissional que temos de ter. Evita que eu perceba que se rói por dentro. Ainda bem que o faz.
Já eu, até agora nunca tive motivos para ter ciumes do maridinho. Apenas uma cena triste que quase me fez perder a cabeça e dar um par de estalos a uma anormal que acabou por conseguir o que queria - provocar-me. Porque ele, coitado, ainda se ficou a sentir pior que eu, e o único interesse dela era chatear-me, a mim.

Talvez a minha relação me permita ser despreocupada ao ponto de não ter necessidade de fazer tempestades em copos de água. Mas sou tão mais feliz assim...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Os homens não se medem aos palmos

Afinal de contas as alturas do casal importam?

Para mim importa. Não tenho nada contra homens pequenos, até já tive namorados mais baixos que eu. Há certos casais que até ficam com uma certa graça, ele mais baixo que ela. E como eu costumo dizer deitados somos todos do mesmo tamanho. Agora quando a mulher é grande, como eu, e ele é pequeno e magrinho, ainda por cima com cara de miúdo, como já me aconteceu, parecem mãe e filho. E não fica nada bonito.

Eu tenho trauma, muito culpa da minha rica maezinha que é 2 ou 3 cms mais alta que o meu pai, sendo que o meu pai agora tem uns quilos a mais, e ela está elegantérrima, e só se vêm é as pernas, longas e giras que tem. Qualquer salto que calce faz parecê-la maior que ele. A solução para ela, passa por não usar saltos. Cresci a ouvi-la dizer para não fazer como ela, e arranjar um homem alto, para poder usar os sapatos que quiser.


Os primeiros namoricos sempre foram com miúdos mais altos, e mais velhos, porque os da minha idade eram, por regra, mais baixinhos. Não sei se influênciou alguma coisa, mas as minhas duas piores experiências foram com homens mais baixos. Um que me conseguiu brindar com o pior relacionamento da minha vida era uns 5 cms mais baixo que eu. Para ele, estava completamente fora de questão usar sapatos altos. O outro, coitado, era bem mais pequeno (em todos os aspectos, se é que me entendem), de me ficar quase por baixo do ombro, e aí abusei dos saltos. Não me apanhavam noutra. E foram os dois de seguida. Depois, disse a mim mesmo. Chega de porta-chaves. Quero um homem alto, que me ponha o braço à volta do ombro e que me faça sentir "segura" nos seus braços. E fez-se a minha vontade. Tenho um homem 10cms mais alto, e posso calçar os saltos que quiser que não fico maior que ele. Sinto-me bem assim.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Beleza a quanto obrigas...


Com a mania de disfarçar o belo pneuzinho que tenho a sair para fora das calças, vesti hoje, uma blusa que até me faz faltar o ar. Tem uma fita para atar por baixo do peito, mas como não gosto de ver o nó à frente para dar o nó atrás tem que ser mesmo nas pontinhas, e mesmo assim, torna-se difícil. De manhã, ainda ando bem, um pouco apertada quando me sento, mas nada insuportável. Agora depois de almoço... Ai que martírio. Nem consigo respirar fundo sem me subir o almoço à boca. E não, não me posso desapertar, agora que as fitas estão já todas enrrugadas, nem pensar.
De cada vez que a visto penso que é a última vez, mas acabo sempre por me obrigar a passar pelo mesmo.
Não sei se hei de reformar a blusa definitivamente ou pensar de uma vez por todas em emagrecer. Não estou assim muito mal, do alto dos meus 1,73m e 75kgs... Mas ficava muito melhor com menos 7 ou 8 quilos...
Vou pensar seriamente nisso. Ou não.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Namorado, ex-amigo

Deparei-me várias vezes com casos em que um casal de amigos, por vezes, de melhores amigos, confundem as coisas e começam a namorar. Dá sempre asneira (salvo raras excepções). E acontece porquê? Porque as espectativas estão demasiado elevadas. É dificil agardar tanto como namorado/a como agradávamos como amigos. Já me aconteceu, uma vez e meia (já passo a explicar a meia).

A primeira vez tinha os meus 17 anos. Conhecíamo-nos havia já muito tempo, eramos amigos e confidentes há cerca de um ano. Entretanto parece que as coisas começaram a mudar e começamos a olhar-nos de outra forma, as conversas foram tomando outros rumos e, pensamos nós, tinhamo-nos apaixonado um pelo outro. Talvez tenha sido mesmo isso. Numa cena quase à filme, surgiu o primeiro beijo e depois disso o namoro. Durou 3 meses. Enquanto estávamos a descobrir aquela nova vertente da nossa amizade, foi muito bom, depois, começou a perder o interesse. Conhecíamos muito bem os podres um do outro. Sabíamos o que cada um já tinha pensado de uma ou outra relação anterior. Embora insistissemos em dizer que era diferente, ambos sabiamos que não era. Perdemos o entusiasmo inicial e acabámos. E com o fim do namoro, claro que a amizade acabou. Continuamos a falar, a dar-nos bem, mas já não podiamos ser amigos como antes. Nunca mais fomos. Passado uns anos voltamos a cruzar-nos. Uma noite, chegou. Ambos sabíamos que ia ser só aquela noite e nunca cobramos nada um ao outro. Daquele namoro não ficaram cicatrizes, apenas lembranças, do bom que foi ter um/a amigo/a assim.

Mais tarde, envolvi-me com a pessoa que esteve sempre ao meu lado, na fase mais complicada da minha vida, que me tirou do fundo do poço. Não o devia ter feito. Sabia-o desde o primeiro minuto. Porque sabia que ele não me via como eu o via a ele. Sabia que ele só nunca tinha avançado porque me sentia inalcançável. Naquela noite bebi demais. Beijei-o, e ele ainda teve a coragem de me perguntar se tinha a certeza. Ora, claro que tinha a certeza, mas só naquele momento, porque estava alterada. Não pensei no mau que podia ser para aquele amigo. Ele também nunca se iludiu muito (e ainda bem). Ainda pensei que pudesse começar a gostar dele. Andámos durante pouco mais de um mês. A "cama" estragou tudo. (Foi a experiencia sexual mais deprimente da minha vida - tirei a virgindade a um homem de 22 anos. Conclui que o tamanho importa). Depois não consegui mais. Passei com ele o fim de semana mais complicado da minha vida. Tive que fazer um esforço para não acabar com tudo a 400kms de casa. Aguentei. Só o facto de me abraçar fazia-me sentir mal. Ele deve ter percebido. No dia seguinte fui sincera. Disse que não podia continuar a fazer-lhe mal, não era justo, e afastei-me.

Aprendi, e bem, que não serve de nada namorar com um amigo, só estraga. Por isso, quando conheci o meu marido, deixei-me levar pelo impluso. Não pensei sequer em conhecê-lo melhor, gostava do que estava à vista e de meia duzia de dias de conversa. Em 5 dias começamos a namorar e fomos conhecendo cada pormenor um do outro aos poucos. O que nos moveu foi a atracção física. Não houve ao início uma grande espectativa. Hoje passados quase 5 anos, já o conheço bem, e sei que é o homem da minha vida.

domingo, 9 de agosto de 2009

"Preciso de um tempo"

Esta conversa parece-me a mim coisa de adolescentes. Soube hoje, que o namorado de há algum tempo de uma amiga minha lhe tinha pedido um tempo. Precisava de pensar. Pensar no quê? pergunto eu. Se gosta de ti o suficiente? Se quer estar contigo? Melhor, se sentirá a tua falta? E se não sentir?
What? Isso comigo não funcionava. Sou impaciente, muito impaciente. Não ia aguentar dar um tempo. Antes de mais, acho que essa história de dar um tempo é só prova de que a pessoa põe em questão a relação, e logo aí, é um mau sinal. Depois é quase um Espera lá aí que eu acho que não quero estar contigo, mas posso estar enganado, por isso, ficas um bocadinho à espera até eu me decidir e depois, se já não te quiser mais, aviso, ok?
Eu seria incapaz de pedir um tempo, a quem quer que fosse. Nunca me pediram, felizmente, e se tivessem pedido acho que acabava com tudo. Acho, sim, porque o mais certo era ceder, e aceitar dar um tempo. Houve uma vez que tenho quase a certeza que teria dado o tempo, só com a perspectiva de não o perder. Mas ele foi mais sensato, acabou comigo. E eu afastei-me, embora me tivese custado horrores não lhe ligar. Ele é que não soube afastar-se, e isso ainda me fez pior. A perspectiva de ele voltar para mim consumiu-me durante meses. Ele alimentava essa esperança. Hoje sei que não teve foi coragem, que gostava de mim, que eu mexi com ele como nunca ninguém mexeu, mas que não teve coragem para enfrentar o que implica uma relação - dedicação. Eu, felizmente, fui muito mais sensata. Depois de um chove-não-molha de quase 4 meses, perguntei-lhe o que queria da vida. A resposta foi um não consigo. Eu respeitei. Pedi-lhe então que se afastasse. Ele respeitou. Doeu muito, mas passou.

Agora tempo? Isso para mim não dá. Ou é ou não é.

sábado, 8 de agosto de 2009

Quando é que vai acabar esta moda?!


Sr. Beckham, que mariquice de cabelo é este?
Se há coisa que não suporto é ver um homem de cabelo comprido. Rabo de cavalo então, até arrepia. Admito que até há alguns que tratam muito melhor o cabelo que muitas mulheres (que não é o meu caso), mas o tempo dos hippies e dos cabelos compridos já lá vai. Tudo o que seja mais que meros 4/5 centímetros a brotar da cabeçe de um homem para mim já é demais. O limite mesmo é assim mais ou menos na onda do cabelo dos meninos das fotos abaixo, e é neles, que são uns belos pedaços de homem, com um ar a roçar o rude, mas com muito muiot charme.
Para mim, o ideal é um cabelinho curtinho. O homem lá de casa já teve bem mais cabelo do que tem hoje, e quando começou a perceber que as entradas se notavam mais com o cabelo um pouco maior, começou a cortar á máquina, que fica muito, muito melhor. Homens deste país, se a natureza (ou os vossos ricos paizinhos) vos deram menos anos de uma cabeleira farta, não tenham vergonha das carecas. Fica bem melhor um homem com a cabela completamente rapada do que um homem na casa dos trinta a tentar disfarçar as entradas.

Voltemos aos cabelos compridos. Também já tive uma pancada por homens de cabelo comprido, na adolescência. Houve um tempo em que se usava muito entre os miúdos (há uns 15 anos atrás). Tive um namorado com o cabelo comprido, começou por deixar crescer porque tinha umas orelhas salientes e era da forma que disfarçava, a ele até lhe ficava bem, chegou a ter o cabelo mais comprido que o meu, e eu gostava. Depois de acabarmos não o vi durante uns 3 anos, e quando o voltei a ver tinha o cabelo bem mais curto, não muito curto, curto o suficiente para parecer cabelo decente de homem. E ficáva-lhe muito bem, dava-lhe um ar maduro, na altura já com uns 22 anos, dava-lhe um certo charme.

Agora, nos tempos que correm, um homem de cabelo comprido, não obridada! Completamente desinteressante. E todos, sem excepção, os que conheci, que alguma vez tiveram o cabelo comprido, ficaram bem mais favorecidos quando o cortaram.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Era escusado

Ainda estou a digerir como foi capaz de me dizer aquilo. Uma pessoa que eu tenho em tão boa consideração, por quem tenho tanto respeito, que admiro como se admira um avô bonacheirão, tem a saída tão infeliz que ele teve. Veio perguntar-me o que se passava que andava muito murchinha. Agradeci a preocupação e contei-lhe que há pouco tempo uma pessoa que me é muito muito próxima teve um grave problema de saúde e aguardamos a recuperação. Então não é que teve a infeliz ideia de me contar de um caso que conhecia, de uma pessoa que lhe aconteceu o mesmo e que ficou um vegetal durante 2 anos, até morrer!? Por favor. Poupe-me a estas coisas, se querem partilhar, partilhem as coisas boas, as pessoas que se recuperaram. Que ela pode não recuperar sei eu, o que preciso é que pelo menos me atirem palavras de esperança, e não de conformismo.

Não me consigo conformar. E não vou conseguir tão cedo, mas a esperança não me abandona. Há dias em que me vejo a desabar, mas rapidamente enxugo as lágrimas e tento pensar no melhor. A esperança está cá bem presente, porque afinal, sou uma pessoa optimista. Fiquei mesmo triste.

Fiquei triste pelas palavras, que até me fizeram estremecer. Mas fiquei triste principalmente por terem sido proferidas por esta pessoa...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Patrão fora

dia santo na loja!
Ai que bem que sabe, ter coisas para ir fazendo e poder fazer ronha à vontade. Pelas minhas previsões, com as coisas bem controladas, faço o que tenho pendente em dois dias e ainda me dá tempo para arrumar o gabinete e dar um ar de quem se fartou de trabalhar.

weeeee! duas semanas de relax!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Que mania


Porque será que temos que ser perseguidos por um "relógio" virtual que nos diz que é tempo disto ou daquilo.

Quando ainda somos adolescentes a pergunta é "quando é que arranjas um namorado?", quando arranjamos um namorado que decidimos tornar público perguntam "Quando é que casam", quando casamos "quando é que têm filhos?", se temos um filho "para quando o segundo?".

Agora estou na fase pós-casamento, e é um martírio. Que nervos, o homem lá de casa tem razão, há pessoas que não têm mesmo mais nada que fazer ou que dizer e quando nos vêm a primeira coisa que perguntam é "quando é que têm um filho?". A sério, será que não lhes passa pela cabeça que possamos não querer? será que não pensam que no caso de querermos podemos não conseguir ter? Será que não pensam que é demais tanta insistência? Será que não se estão a habilitar a levar uma resposta torta? Secalhar estão!


"Deslargem-me!!"

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O homem cá de casa surpreende-me

No domingo estavamos a ver um reportagem (repetida, porque eu juro que já tinha visto aquilo) sobre gravidez e partos, e ele sai-se com esta pérola: "Possa, vocês mulheres sofrem muito - o Parto deve ser mesmo doloroso". Ai pois é... ainda bem que pensas assim.

Ainda os homens acham que é fácil ser mulher. O meu já anda a ficar mais bem educado no que respeita ao maravilhoso mundo das coisas de mulheres. Já percebeu, por exemplo que as minhas neuras da TPM não são porque quero, são porque, simplesmente não as consigo controlar. Já percebeu que o que eu preciso é diferente do que ele precisa. Já percebeu que não deve tratar-me como gosta que eu o trate a ele, deve tratar-me como eu gosto de ser tratada. São estas pequenas coisas que fazem a diferença. São estas pequenas coisas que me fazem sentir especial. São estas pequenas coisas que não vêm já incluidas na embalagem do casamento de sonho, mas que se conquistam.

Afinal

o sol brilhou na reunião de ontem (ou melhor, a lua). Tal como eu previa lá consegui levar a minha ideia avante. Depois de batalhar 10 anos para perceberem o meu ponto de vista, lá deram o braço a torcer e optaram por fazer o que sempre sugeri. O pequeno bluff que fui obrigada a fazer foi perfeito.
Afinal as pessoas que se reuniram ontem, ao contrário do que estava habituada neste meio, onde todos trabalhamos por amor à "arte", mostraram-se conscientes e responsáveis, sem falsos preciosismos em relação ao "sempre foi assim". As nódoas que nos fazem andar para trás vão acabando por desaparecer.

Também tive uma ajuda que não esperava, ou talvez até esperasse, que me fez dar razão ao meu inconsciente quando me mostra como o admiro. O amor já lá foi há muito tempo. Hoje, olho para ele (sim, o primeiro amor) com admiração, e carinho. Gostei de vê-lo lá, no meio onde nos conhecemos, onde todos "conheceram" a nossa história, a defender-me com o profissionalismo que lhe é característico. Admiro também algumas das pessoas que nos rodeiam, que conseguiram perceber logo que o final da nossa relação não iria afectar o nosso empenho, ao contrário do que previam as más linguas.

O que me deixa intrigada é a forma como, por vezes, o sinto olhar para mim. E ontem tive a confirmação que não sou só eu que reparo. A minha mais recente colega, que acabou de entrar neste meio, e não sabia da nossa história, comentou comigo no final, que notou qualquer coisa no olhar dele. Acho que se deve recordar do que fomos no passado com ternura. Confesso que também recordo algumas coisas, mas tive a confirmação, de que nunca daríamos certo, que precisava para seguir em frente. Eu dei o passo seguinte, segui a minha vida. Acho que ele não consegue. É um verdadeiro workaholic. E tenho pena que um homem como ele não consiga encontrar um amor para a vida. Pode ser que a actual namorada consiga fazê-lo feliz. Gostava que ele fosse feliz.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Vai ser bonito, vai

Eu vou, sem vontade. Sei que vou ter que me chatear, mas não quero. Talvez consiga por uma máscara de calma e enfrentar as feras sedentas por sangue. A minha guerra está ganha. Não sei para que é que querem mais reuniões e conversas. Nos primeiros anos cedi tudo o que tinha para ceder. Acabou, a mim não me dobram mais. A miúda de há 10 anos já cresceu, e se já nesse tempo enfrentava o que tinha que enfrentar, agora ainda mais, com mais razão e mais argumentos.

Eles que se matem e esfolem e ofendam, entre eles. Eu vou tentar manter-me à margem, e nao me deixar arrastar para o meio das faltas de respeito e de educação.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Afinal eu sempre tinha razão

Durante algum tempo perguntava-me se era eu que estava a ficar maluquinha. Ouvia várias amigas dizerem que o "Denny Duquete" da Anatomia de Grey era o espanhol Javier Bardem. Eu achava que o senhor tinha um certo charme, mas daí a ser aquele pedaço de homem da Anatomia de Grey, ainda ia um bocado. Só há uns dias é que me lembrei e fui tirar as teimas a este maravilhoso meio que é a Internet, e lá estava a confirmação. O Deeny Duquete é nem mais nem menos que o Jeffrey Dean Morgan. O senhor é mesmo um charme. Ficava muito bem no sofazinho da minha casa (o meu marido é que não ia gostar lá muito)...

Aqui ficam as fotos de um e de outro. A verdade é que até são bastante parecidos, se bem que o Jeff encosta o outro a um cantinho.



Javier Bardem


Jeffrey Dean Morgan

terça-feira, 28 de julho de 2009

Há coisas que não acontecem por acaso.

Não acredito em coisas pré-destinadas. Acredito que as escolhas que fazemos nos vão encaminhando para situações que têm a sua razão de ser. Acredito que há coisas que nos acontecem simplesmente porque precisamos de aprender algo com elas. E acredito, que se não aprendemos à primeira, teremos sempre uma e outra oportunidade, com contornos diferentes, mascaradas de sentimentos e emoções distintos, mas que nos final deixam a mesma lição.

Acredito que temos que estar atentos aos sinais que a vida nos dá. Também acredito que há pessoas que passam pela nossa vida porque têm algo para nos ensinar. As más experiências, nem sempre são assim tão más, se soubermos tirar partido do que nos ensinaram. Acredito que sem conhecermos o "muito mau" nunca saberemos o que é "muito bom". Tem que haver um termo de comparação, mesmo que nunca comparemos. É nas coisas mais pequenas que notamos a nossa aprendizagem. São os pequenos gestos, os pequenos sinais, que nos despertam os ensinamentos da vida.

O mesmo é no amor. O primeiro amor nunca é apagado, é aquele que deixa marcas, cicatrizes até. Depois dele, a vida continua, o amor transforma-se em ternura, ou até mesmo só em recordação, mas há sempre qualquer coisa que continua presente. O primeiro amor quase perfeito deixou feridas que só o tempo conseguiu sarar. Depois fui de um extremo ao outro, e embora consciente, deixei-me levar. Aprendi muito, talvez mais do que com o amor perfeito. Aprendi que só podemos ter a certeza do que queremos depois de termos a certeza do que não queremos. Mas foram também as feridas ainda abertas do primeiro amor que me ensinaram isso. As comparações inevitáveis, as recordações cada vez mais acessas, a luz ao fundo do túnel que me acenava com cor de esperança, deram-me todas as forças do mundo para matar o que me fazia mal e abraçar a vida, mesmo que agarrada a ténues recordações. A esperança de reavivar a chama do primeiro amor perfeito, não outro, o mesmo, manteve-me sã, deu-me a euforia necessária para me desamarrar do colete de forças que me sufocava. Depois, a esperança desvaneceu-se. Tinha que ser assim, não havia mais nada a fazer, apenas deixar as recordações e não mexer nas feridas. Deixá-las sarar.

No fim, veio a serenidade. A calma transportou-me para um novo amor, mais maduro, mais tranquilo. O amor para a vida, assim espero. O passado, as feridas, os melhores e os piores momentos, fizeram-me amadurecer. Fizeram-me olhar em frente e dar valor às pequenas coisas. Este amor, que não me arrebatou num instante, mas que me conquistou e continua a conquistar a pouco e pouco, é forte, muito forte, e muito valioso. E se não fosse o caminho, por vezes sinuoso, que me levou até ele, não lhe daria o devido valor. Não saberia, certamente, disfrutar dele no seu maior esplendor. Não me faria tão feliz. O passado só faz o presente ficar mais claro. Agora vejo nitidamente o presente e vislumbro o futuro.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Egoísmo ou Hipocrisia?

O dia hoje começou mal. O stress acumulado de 3 semanas de um pesadelo que está longe de acabar veio ao de cima, e desmoronei. A calma e a serenidade com que tenho tentado enfrentar a situação são apenas uma máscara para o que sinto. Em vez de me entregar à tristeza e chorar como me tem apetecido cá no fundo, tenho conseguido aguentar-me.
Hoje simplesmente desabei. Sem motivo nenhum aparente. Entreguei-me à tristeza que me tem assolado e que eu tenho tentado afastar e gritei e chorei, como se não houvesse amanhã. É claro que quem está mais próximo é que apanha por tabela. Depois... já mais calma, e depois de ter deitado para fora mais do que queria, fiquei a pensar que talvez estivesse a ser egoista. Não sou só eu a ter problemas. O mundo não gira à minha volta. Toda a gente tem problemas e ele também tem os seus. Mas ao mesmo tempo sinto que tenho o "direito" de ter os meus problemas e de dar-lhes a importância que dou. E sim, para mim, nesses momentos, sou o centro do mundo. Os meus problemas são os mais importantes, a minha tristeza é a que merece maior atenção, eu, eu e mais eu, só eu é que importo nestas horas.
No fundo acho que não é egoísmo, ou talvez até seja, mas estaria a ser hipócrita se dissesse que nesses momentos me lembro do que quer que seja para além de mim.

Há momentos em que todos somos egoístas em relação ao que sentimos. Temos sempre o "maior" problema, a "maior" dor, nem que seja só uma unha partida. E somos hipócritas se dissermos que não. Por isso, perfiro ser egoista. Porque sei que são só momentos meus. Maus momentos meus. Depois de desabafar melhora. Umas vezes mais que outras. Mas ajuda.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Amor ou fixação?

Talvez nem uma coisa nem outra. Sei que se passaram 4 anos e meio, e pela vida dele passaram já outras, muitas talvez, e pela dela também devem ter passado outros. Passado este tempo todo continuam a falar e a encontrar-se. Dizem-se amigos. Acho que ela continua a gostar dele como antes. Acho que se ele quisesse ela nem pensava duas vezes. Sempre achei que o facto de ir para longe, estudar, a fizesse abrir os olhos e perceber que ele não é homem para ela. Gosto muito dela, mas afinal, ele é que me é próximo. Ela está diferente, mais senhora. Mas mesmo assim continua a gostar dele. Tem que gostar, senão já se tinha afastado.

Eu já passei pelo mesmo e sei como é, mas felizmente tive coragem de por um ponto final na situação e afastar-me. Só eu sei o que me custou naquele momento, mas foi a única forma de seguir em frente. (um dia desenvolvo este assunto)

Não compreendo como é que uma miúda super inteligente, que está a estudar para ter uma carreira de topo, continua "presa" a um rapaz que não sabe bem o que quer da vida, e que pelos vistos não passa pelos planos dele voltar para ela.

Cá para mim, o que vai acontecer é que no dia em que ele acordar para a vida, e perceber que ela talvez seja a mulher certa para ele, vai ser tarde demais. Nesse dia, se é que alguma vez vai chegar, já ela terá serguido em frente e fechado este capítulo. Gosto muito dela, e acho que o meu irmão não a merece. Gostei muito de vê-la ontem, amadureceu, já não é aquela miúda de 14-15-16 anos que conhecia, está diferente. Mais uma razão para não compreender como é que continua a conseguir sustentar esta relação de chove-não-molha em que se meteu para não o perder completamente.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Admiro as pessoas

que têm coragem de fazer as malas e rumar a outro país em busca de uma vida melhor. A sério que admiro. Eu não era capaz. Sou demasiado ligada às minhas coisas: casa, família, amigos, e quero poder levar uma vida tranquila, sem grandes sobressaltos. Considero que a maior parte das mudanças se fazem para melhor, experimento antes de contestar (mesmo que ache à partida que não vai dar certo), mas em relação a este assunto, não consigo pensar assim. É mais forte que eu. Não me vejo a embarcar numa aventura de viver e trabalhar noutro país com a perspectiva de juntar algum dinheiro, talvez se a vida me corresse mal, mas ainda assim, acho que não seria capaz. Já o meu cara-metade é o oposto. Se algum dia eu considerar pensar nisso, tenho a certeza que na semana seguinte tenho as malas feitas. Por isso, oiço, e não digo nada porque ele já sabe o que penso e não vale a pena discutir. Mas já não posso ouvir esta conversa. Infelizmente ele só conhece bons exemplos, de quem foi e se deu bem. Mas nem sempre acontece assim.

sábado, 18 de julho de 2009

e ainda dizem que as mulheres é que são complicadas

Nós, mulheres, se estamos cansadas e/ou assoberadas de trabalho, às vezes basta-nos barafustar um pouco. E se a nossa cara metade quiser por-nos melhor basta dar-nos um bocadinho de atenção, uns miminhos, que passa logo.
Eles não. Nós nem nos podemos aproximar, sob pena de sermos bombardeadas com alguma palavra desagradável. Até chega a parecer que a culpa é nossa. Mas se estamos muito distantes, e não dizemos nada, é porque não ajudamos nada, porque não compreendemos.
Ai ai ai vá-se lá compreender os homens!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Há pessoas que, simplesmente, não foram formatadas para certos trabalhos

E quanto a isso não há mesmo nada a fazer. Está bem que as pessoas aprendem, evoluem, mas já as sábias avozinhas diziam que podemos tirar o montanheiro da montanha, mas não podemos tirar a montanha do montanheiro. E assim sendo, no final de contas a educação base vem sempre ao de cima.

Tudo isto por causa de uma situação no meu trabalho que me é mais próxima do que devia. Há uma colega que desde que para cá veio (pouco depois de mim) mete a pata na poça quase dia-sim, dia-sim. As primeiras vezes concordei que devesse ser chamada à atenção e ensinada, tendo em conta os bons exemplos. Quando isto começou a não funcinar, foi chamada à chefe vezes sem conta e de cada vez era uma rebocada maior. Revelaram-se mais eficazes, mas apenas por um curto periodo de tempo. A sorte desta menina foi que de todas as vezes que o contrato dela terminava, acontecia qualquer coisa em que não podiamos perder um elemento (mesmo um mau elemento, como é o caso), e os contratos foram sendo renovados. Agora que se aproxima o derradeiro final, importa descobrir se a minha chefe vai mesmo por a corda ao pescoço e permitir que ela fique de vez (sim, porque se isso acontecer, ela mais tarde ou mais cedo vai-se arrepender) ou vai ter coragem de deixar que a mandem embora. Claro que a rapariga agora tem andado na linha, mas espero sinceramente que não se esqueçam do que já se passou vezes sem conta. Eu não me esqueço. Eu apanhei com a estupidez e a ignorância dela vezes sem conta para me esquecer.
Tomara que assim seja.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Traições

Deparei-me com as traições muito cedo. Se por um lado foi um choque muito grande, por outro ajudou-me a crescer e a abrir os olhos. Sinto que o que muitas raparigas aprendem aos 17/18 anos eu aprendi aos 13/14.
O tema “traição” perseguia-me. Ainda no tempo em que os namoros na adolescência não passavam de beijinhos na boca, descobri que os homens não eram assim tão sinceros, e que a namorada não estava no centro do mundo. E que para além de terem o olhar aguçado em todas as direcções, ainda molhavam o bico aqui e ali.
O primeiro namorico que tive deixou-me marcas durante um tempo. Traiu-me, e contou-me. Eu, parva, desculpei-o por ter sido sincero. Ainda não tinha aprendido que depois da primeira vez vem a segunda, e a terceira… Anos mais tarde, já com outro namorado de adolescência, um dia juntei 2+2 e descobri que ele andava com outra, ou que pelo menos se preparava para andar. Acabei com ele sem nunca ter admitido o que eu sabia. Pouco depois começou a namorar com essa dita cuja, até hoje.

Com isto podia ter ficado seriamente traumatizada, e tornar-me uma pessoa possessiva e ciumenta, mas nada disso. E nem suporto ciúmes, muito menos obsessões. São estes sintomas a aparecer e eu a fugir a sete pés.

Mas isto tudo para dizer que desde aí percebi que se alguém já foi capaz de trair (seja por que motivo for), vai fazê-lo de novo, mais cedo ou mais tarde. Por isso sempre me mantive a milhas de distância daqueles que eu sabia que já tinham enfeitado a testa de alguém.

As pessoas não mudam. As pessoas simplesmente adaptam-se. Aprendem a viver com. Cedem.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Os bad boys e as bad girls

Já vi este tema desenvolvido em alguns blogs, mas dada a proximidade de um caso destes casos destes à minha vida tenho a necessidade de escrever. Claro que também eu eu já tive na minha vida um bad boy no passado (afinal, quem não teve), aquela pessoa que eu sabia que não era para mim mas que ainda assim algo arrebatador me atraía nele. Mas isso são águas passadas.

Normalmente, quando se ouve falar nesta "teoria" de haver um poder de atracção nestas pessoas que nos levam a cair direitinhas nas malhas delas, fala-se em Rapazes, rufias, ou o que lhes queiram chamar. Mas há muito pouco tempo deparei-me com a versão feminina destes "bad boys". Uma dita cuja que lançou as suas redes ao meu rico irmaozinho. Ele, que também não é nenhum santinho, caiu na lábia da assanhada.

Com isto consegui constatar que as mulheres, claro está, têm muito mais lábia que os homens nestas andanças. Se um rufiazinho de meia tijela já tem lábia que chegue para encantar um mundo e o outro, elas são verdadeiras artistas. Elas são as chantagens, as meias palavras, os amuos... enfim, conseguem fazer um homem parecer um verdadeiro cachorrinho, mas a achar-se um garanhão. E, por incrível que pareça, conseguem levá-los a fazer todas aquelas coisas que nunca fizeram por ninguém e que apregovam que nunca fariam. Depois quando a coisa dá para o torto, ainda conseguem mantê-los enredados nas malhas delas, e dificultam aquela fase do "seguir em frente". E os alvos destas Bad girls, chegam ao fim e só se conseguem recordar das coisas boas. E ainda dizem que são o sexo forte.

Por isso, homens deste mundo, atentem a estas gatas assanhadas!

terça-feira, 14 de julho de 2009

A cusquice desta gentinha chega a ser mórbida

Digam-me lá qual será o gozo de ir ver ao hospital uma pessoa com a qual nem temos grande lidação nem amizade? Ainda para mais quando essa pessoa não está em condições de interagir com ninguém. Acho que as familias fazem bem em preservar os doentes desta gente impedindo as visitas, senão era uma romaria para no fim poderem dizer "coitadinho". Ainda gostava de saber qual será o interesse... Ora eu que fico nervosa quando tenho que ir ver alguém que está doente, mesmo que seja em casa, por nunca saber bem o que dizer, nunca seria capaz de uma coisa destas. Mas isso sou eu. Há gentinha para tudo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Nunca digas nunca

E não digo, ou melhor, tento não dizer. Acho que já aqui tinha falado da minha amiga M. que saiu agora mesmo de uma relação e já está noutra. Se por um lado a mudança lhe fez muito bem, e para além de estar com o ego do tamanho do mundo está cada vez mais gira, por outro lado estou a vê-la demasiado submersa nesta nova relação. Já se mudou de armas e bagagens para casa dele e já está mesmo a planear engravidar. Isto assusta-me. Acho que vai correr tudo bem, e assim espero, e adorava ter um afilhado, mas continuo a achar que ainda é tudo muito recente. Está bem que este rapaz não tem nada a ver com o outro, e que gosta mesmo dela (ou então disfarça muito bem), e que parece estar determinado em fazê-la a mulher mais feliz do mundo, mas ainda assim... parece muito cedo.
Agora o que me pergunto, vezes sem conta, é conhecendo-me como me conheço, se não faria exactamente a mesma coisa...

Por favor!

Não me lixem! Tanta coisa que não se pode tirar férias em Agosto, ah e tal porque há mais trabalho... e vai a madame com 3 meses de trabalho já pode tirar uma semana em agosto. Chefinha, é assim que queres que te levem a sério? Pois, eu acho que não. Não sabes dizer que não a nada e depois vem queixar-te. E quem sai pior no meio desta história toda sou eu que tenho que ir uma semana para o inferno em substituição da madame das férias. Que nervos!

sábado, 27 de junho de 2009

Eu guardo tudo

Custa-me imenso desfazer-me de certas coisas que me trazem qualquer tipo de recordações, quer sejam boas ou más. Na adolescência guardava tudo o que eram papéis: bilhetes que recebia, cartas de amigas, conversas escritas em páginas de cadernos de aulas, bilhetes de autocarro, de comboio, tudo. Quando comprei o meu primeiro telemóvel (com 17 anos) guardava as mensagens todas, as que não cabiam na memória do telefone copiava para folhas de papel que guardei religiosamente durante anos. E ainda hoje, todas essas coisas permanecem na casa dos meus pais. Não as quis levar comigo para a minha vida nova, mas também não consegui desfazer-me delas.

Só me lembro de uma ocasião da minha vida em que me desfiz de muitas coisas, todas elas respeitantes ao mesmo assunto. Foi uma fase muito complicada da minha vida e senti a necessidade de apagá-la mesmo da minha memória. Rasguei em mil bocadinhos tantos papéis, tantos... Enchi um saco de lixo dos grandes de lembranças e recordações. À medida que ia pondo as coisas no saco ia sentindo alívio. Quando o larguei no contentor foi como se me saísse um peso da alma. Por momentos senti-me vazia; mas logo depois veio o alívio, a calma, a tranquilidade. E, até hoje, foi a única vez que quis apagar, desfazer-me, definitivamente, de memórias. Do passado. Hoje, recordo-me daqueles maus momentos como se não fossem memórias minhas, como se não me tivessem acontecido a mim, mas a outra pessoa. Fizeram-me crescer. Fizeram-me descobrir-me a mim própria, mas hoje não significam quase nada. E sou feliz, por um dia ter optado por não guardar aquelas coisas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ai o controlo

Desejei tantas vezes encontrar alguém que me ajudasse, e que, quem sabe, me substituisse.
Reconheço muitas vezes as minha limitações, reconheço que a formação que tenho não chega, porque era suposto haver uma reciclagem (que eu ainda não fiz porque simplesmente não há), reconheço que não vivo disto, nem para isto, e que por isso mesmo, o meu trabalho (que é mesmo o meu ganha pão) nem sempre me facilita a vida. Desejei que aparecesse alguém que pudesse fazer trazer uma lufada de ar fresco...

Agora, acho que a mudança está a ser demasiado radical. Há dias que me sinto completamente perdida, como se fosse relegada para segundo plano, e isso não gosto. Ideias frescas, uma formação mais recente e actualizada (que o desemprego neste momento lhe permite), são uma mais valia para todos, até mesmo para mim. Mas a verdade é que me custa ter sido sempre eu a chefe, sempre a que percebia mais, sempre a que conhecia melhor os aspectos técnicos, e agora já não ser. A chefe ainda continuo a ser eu. E uma coisa eu tenho a meu favor: a experiência. Essa ninguém me tira - e ela já percebeu, que se eu digo que não vai resultar, nao resulta mesmo. Nisso ainda tenho o controlo. Valha-me isso!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Espero que venha para ficar

Parece que a calma e a normalidade voltaram a este gabinete. As pessoas estão serenas. Não se ouvem suspiros. Não há vestígios de lágrimas. Espero que não seja sol de pouca dura.


A minha paciência é muita mas também se esgota. Cansa-me. Hoje está um dia melhor, pelo menos aparentemente, daquele lado.

Definitivamente melhor para mim.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ou bem que se faz, ou bem que não se faz

Gosto de sinceridade. Considero-me uma pessoa frontal, e normalmente saio sempre a perder, mas não consigo, nem quero ser de outra forma. Mas quando lido com pessoas mais fragilizadas, como acontece no trabalho, tenho uma sensibilidade que muita gente não sabe ter. Simplesmente sei vestir a pele de quem está do outro lado e perceber o que gostaria de ouvir. E assim é fácil. O que me chateia é estar constantemente a explicar como faço, a dar o exemplo, a justificar. E quase sempre a resposta é "eu sei". E eu cá, dentro, e às vezes mesmo para fora, pergunto-me "e porque é que não fazes?"

terça-feira, 23 de junho de 2009

Começo mesmo a ficar fartinha

Tenho de deixar de ser parva e querer fazer mais do que o que me compete. Tenho mesmo. Levo a vida a fazer coisas que não são da minha competêcia, e os outros é que ficam com os louros e com os currículos recheados. Tenho de deixar de fazer os trabalhos chatos dos outros, para depois eles ficarem com os créditos, para o meu nome ficar sempre de fora dos documentos.

Mas o pior nem é isto, o pior é ser tida como responsável de um projecto, que também é meu, mas que não sou eu a responsável, e continuar a fazer certas coisas como se fosse. Mas ainda pior, é quando a responsável falha, e parece que me atribui a culpa a mim, se bem que a conversa é sempre "o erro foi meu!". Pois foi, tu é que és a chefe, tu é que ganhas para tal, tu é que vais poder por isso no curriculo, portanto, a responsabilidade é só tua. Qualquer dia deixo de me meter nestas coisas

Qualquer dia faço simplesmente aquilo para que me pagam. Afinal de contas, os certificados nunca vêm no meu nome...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Das duas uma

Ou sou eu que estou a começar a ficar maluca, ou é ela que está a ficar. Incrível como um precalço sem importancia nenhuma, uma coisa que ela não podia controlar, no trabalho, fazem com que pareça que vai acabar o mundo! Estou a ficar sem paciência. Na Sexta cheguei a casa com uma neura tal, que nem eu me aturava. Hoje já estava bem, mas se tenho que apanhar com esta cara de coitadinha o resto da tarde, é bem capaz de a neura voltar. Irrita-me mesmo. Tomara que ela nunca tenha motivos verdadeiramente sérios para estar assim!

domingo, 21 de junho de 2009

casamento - não casamento

Nos dias que correm dizer que acreditamos no casamento* parece que não é visto com bons olhos. Eu acredito. Mas também acredito que hoje as pessoas se casam, às vezes, de olhos fechados, embebidos pela paixão arrebatadora que sentem ao início; outras vezes simplesmente para serem do contra; outras pensam que aquela pessoa com quem vão casar vai mudar, para melhor. Depois as coisas não dão certo, depois há as separações, os divórcios. Da mesma forma que acredito no casamento, e sim, para mim casamento é para a vida, também acredito, que quando as coisas não dão certo, quando se tenta uma e outra vez, e não dá certo, é melhor ir um para cada lado.

Estar ao lado dela nesta fase não é fácil e tenho feito um esforço por parecer muito liberar, ou melhor, até quero ser. Mas não deixa de me preocupar o facto de se ter atirado de cabeça para uma nova relação, mal o casamento terminou. Sinto-a tão feliz, como nunca a senti antes. Sinto que agora encontrou uma pessoa que a compreende, que a preenche. Mas não posso deixar de achar que está a ir depressa demais. Que não devia pensar já em voltar a casar... 4 meses é muito pouco...

Eu sei que, no lugar dela, talvez fizesse exactamente a mesma coisa. Mas não sou eu, e eu gosto demais dela para a ver sofrer outra vez, e por isso tenho medo. Por isso tento dizer-lhe para ir com calma. Mas é tão dificil dizê-lo, sem que pense que eu não acredito nesse novo amor. Porque acredito, porque simplesmente acredito no amor.


* leia-se casamento como qualquer relação em que há uma casa, uma vida em comum, seja ele no papel ou não.

sábado, 20 de junho de 2009

Hoje

encontrei uma pessoa que me fez viajar até a um "lugar", não muito distante, da minha vida. Não foi bom, preferia nem ter lá voltado, ainda que por momentos. Preferia lembrar-me de como era antes e de como sou agora, no depois. Pergunto-me muitas vezes como fui capaz de mudar tanto, de ir contra tantos principios que levei uma vida inteira a construir. Pergunto como pude deixar-me iludir, deixar-me levar, deixar-me influenciar daquela forma. Pergunto-me como fui capaz de deixar que uma pessoa mudasse a minha vida para pior. Já nessa altura me perguntava tantas vezes como era capaz...Cada vez que fechava os olhos o meu sub-consciente gritava-me que não era pessoa para mim, que o amor não era aquilo. No amor, compreendemos, toleramos, apoiamos, cedemos. Agora sei que não era amor - e lá no fundo, naquela altura, também sabia.

Mas já diz o ditado "vivendo e aprendendo". Uma coisa tenho como certa. Ali, naquele "lugar", não muito distante, tive a certeza do que não queria. E isso, faz-me ter, cada dia mais, certeza de que tenho o que quero, o que sempre quis.

Hoje, sou feliz, porque num "lugar", não muito distante, não o fui.