domingo, 9 de agosto de 2009

"Preciso de um tempo"

Esta conversa parece-me a mim coisa de adolescentes. Soube hoje, que o namorado de há algum tempo de uma amiga minha lhe tinha pedido um tempo. Precisava de pensar. Pensar no quê? pergunto eu. Se gosta de ti o suficiente? Se quer estar contigo? Melhor, se sentirá a tua falta? E se não sentir?
What? Isso comigo não funcionava. Sou impaciente, muito impaciente. Não ia aguentar dar um tempo. Antes de mais, acho que essa história de dar um tempo é só prova de que a pessoa põe em questão a relação, e logo aí, é um mau sinal. Depois é quase um Espera lá aí que eu acho que não quero estar contigo, mas posso estar enganado, por isso, ficas um bocadinho à espera até eu me decidir e depois, se já não te quiser mais, aviso, ok?
Eu seria incapaz de pedir um tempo, a quem quer que fosse. Nunca me pediram, felizmente, e se tivessem pedido acho que acabava com tudo. Acho, sim, porque o mais certo era ceder, e aceitar dar um tempo. Houve uma vez que tenho quase a certeza que teria dado o tempo, só com a perspectiva de não o perder. Mas ele foi mais sensato, acabou comigo. E eu afastei-me, embora me tivese custado horrores não lhe ligar. Ele é que não soube afastar-se, e isso ainda me fez pior. A perspectiva de ele voltar para mim consumiu-me durante meses. Ele alimentava essa esperança. Hoje sei que não teve foi coragem, que gostava de mim, que eu mexi com ele como nunca ninguém mexeu, mas que não teve coragem para enfrentar o que implica uma relação - dedicação. Eu, felizmente, fui muito mais sensata. Depois de um chove-não-molha de quase 4 meses, perguntei-lhe o que queria da vida. A resposta foi um não consigo. Eu respeitei. Pedi-lhe então que se afastasse. Ele respeitou. Doeu muito, mas passou.

Agora tempo? Isso para mim não dá. Ou é ou não é.

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