quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ciúmes

Não me considero um pessoa ciumenta, muito menos possessiva. Claro que há sempre aquele ciúme q.b. que acaba por ser saudável numa relação, mas não faço filmes, muito menos daqueles que mais parecem as já quase esquecidas telenovelas mexicana.
Considero que as pessoas ciumentas só têm a perder. Se vão fazer uma cena por uma qualquer razão sem nexo, o que acontece, inevitavelmente de seguida é fazerem a pessoa pensar se haverão motivos para aquele ciume. E mesmo quando se percebe que não há, a partir daquele momento vai passar a haver. Simplesmente porque se vão passar a omitir os factos relacionados com a pessoa em questão, e isso, só por si faz parecer haver alguma culpa.
Mais uma das coisas importantes que aprendi, com um dos meus relacionamentos mais marcantes foi a não ter ciumes. Não levam a nada, pelo menos de bom. Se estamos com uma pessoa, confiamos. Não digo com isto que devemos meter as mãos no fogo por essa pessoa, senão o mais certo é ficarmos queimadas. Devemos confiar, e antes de deixar que uma qualquer nuvem negra paire sobre as nossas cabeças, falar, esclarecer, ser sinceros, perguntar sem medo das respostas.
No meu casamento não há lugar para ciumes parvos. Como não sou nem um bocadinho ciumenta, entendi que havia de lho dizer logo, desdo o ínicio que não suportava ciumes, e muito menos cenas tristes. Ele aceitou. Eu sei que ele é ciumento, mas também não é possessivo. Sei que lhe faz uma certa urticária perceber que outros homens possam olhar para mim e comentar. Faz-lhe muita confusão. Há duas pessoas de quem eu sei que ele sente algum ciume. Uma, um dos meus colegas de trabalho, por causa de uma coisa que eu comentei com ele que o outro tinha dito. Nada de especial, e ainda para mais, se eu lhe contei é porque não havia mesmo maldade nenhuma, mas adiante. Não expressa o ciume, e eu agradeço-lhe por isso. Ainda para mais porque gosto muito do colega em questão, e seria uma parvoice não poder comentar com o meu marido algumas situações do trabalho, apenas por o outro estar envolvido. Outro é um ex. O EX. Sei que não suporta o facto de eu me cruzar com ele de vez em quando, mas tolera, e até já chegou a dar a mão à palmatória e admitiu que ele é boa onda. Quando surgiu a primeira oportunidade, apresentei-os. Compreendo que tenha ciumes dele. Mas também percebeu que não vale a pena e que tem que respeitar a relação profissional que temos de ter. Evita que eu perceba que se rói por dentro. Ainda bem que o faz.
Já eu, até agora nunca tive motivos para ter ciumes do maridinho. Apenas uma cena triste que quase me fez perder a cabeça e dar um par de estalos a uma anormal que acabou por conseguir o que queria - provocar-me. Porque ele, coitado, ainda se ficou a sentir pior que eu, e o único interesse dela era chatear-me, a mim.

Talvez a minha relação me permita ser despreocupada ao ponto de não ter necessidade de fazer tempestades em copos de água. Mas sou tão mais feliz assim...

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