terça-feira, 4 de agosto de 2009

Afinal

o sol brilhou na reunião de ontem (ou melhor, a lua). Tal como eu previa lá consegui levar a minha ideia avante. Depois de batalhar 10 anos para perceberem o meu ponto de vista, lá deram o braço a torcer e optaram por fazer o que sempre sugeri. O pequeno bluff que fui obrigada a fazer foi perfeito.
Afinal as pessoas que se reuniram ontem, ao contrário do que estava habituada neste meio, onde todos trabalhamos por amor à "arte", mostraram-se conscientes e responsáveis, sem falsos preciosismos em relação ao "sempre foi assim". As nódoas que nos fazem andar para trás vão acabando por desaparecer.

Também tive uma ajuda que não esperava, ou talvez até esperasse, que me fez dar razão ao meu inconsciente quando me mostra como o admiro. O amor já lá foi há muito tempo. Hoje, olho para ele (sim, o primeiro amor) com admiração, e carinho. Gostei de vê-lo lá, no meio onde nos conhecemos, onde todos "conheceram" a nossa história, a defender-me com o profissionalismo que lhe é característico. Admiro também algumas das pessoas que nos rodeiam, que conseguiram perceber logo que o final da nossa relação não iria afectar o nosso empenho, ao contrário do que previam as más linguas.

O que me deixa intrigada é a forma como, por vezes, o sinto olhar para mim. E ontem tive a confirmação que não sou só eu que reparo. A minha mais recente colega, que acabou de entrar neste meio, e não sabia da nossa história, comentou comigo no final, que notou qualquer coisa no olhar dele. Acho que se deve recordar do que fomos no passado com ternura. Confesso que também recordo algumas coisas, mas tive a confirmação, de que nunca daríamos certo, que precisava para seguir em frente. Eu dei o passo seguinte, segui a minha vida. Acho que ele não consegue. É um verdadeiro workaholic. E tenho pena que um homem como ele não consiga encontrar um amor para a vida. Pode ser que a actual namorada consiga fazê-lo feliz. Gostava que ele fosse feliz.


1 comentário:

Saltos Altos Vermelhos disse...

às vezes as pessoas esquecem-se que o trabalho não é tudo na vida! e que é tão efémero! O que fica é mesmo o que sentimentos, as pessoas que amamos! Vou falar disso num próximo post!