terça-feira, 20 de outubro de 2009

As más avaliações e os mal-entendidos

Em relação a este assunto. Já falei com ela. Já pedi desculpa. Foi tarde, já a tinha magoado. Mas não foi tarde demais. Como dizem os brasileiros "abri o jogo", contei-lhe o que se passou, o que senti, as pressões, o cansaço, o stress por que tenho passado. Ela não merecia o que fiz, induzida pela má atitude de terceiros. Dei valor a mais a quem não devia. Sinto-me muito mal com isto. Mas espero conseguir recompor o mal que fiz e seguir em frente. Em breve vamos as duas desligar-nos de lá. Eu pelo motivo mais válido de todos e ela por mim. Quem lá está agora, quer que ande tudo à sua maneira, quer transformar uma coisa que sempre foi de tratamento simples, em algo muito complexo, de um dia para o outro. Sem esperar até que seja possível darem-lhe os mecanismos e as condições que precisa para isso. Acho que as coisas vão correr mal. Espero que não, mas acho que sim. Eu não vou estar lá para ver.
Custa-me entregar a pasta, mas é o que vou fazer o quanto antes.
Ontem fui sincera, devo ter-lhe ferido o orgulho com o que disse, mas não conseguia estar a continuar a ouvir sem me manifestar. Também teve azar, apanhou-me num dia não, e disse tudo o que andava há meses para lhe dizer. Espero que seja adulta o suficiente para compreender a minha posição como eu compreendo a dela (embora não concorde). Depois de meia hora ao telefone, onde os ânimos de exaltaram por vários momentos, o desligar da chamada ter-me-ia feito chorar, de nervos. Mas não, ao contrário do que eu própria esperava, trouxe-me serenidade que bem preciso. Afinal, há coisas bem mais importantes a acontecer na minha vida do que birrinhas de meninas...

sábado, 17 de outubro de 2009

Se eu alguma vez ouvisse uma coisa destas de um namorado...

rifava-o na hora!
Ainda estou em choque e já se passaram alguns dias. Sei que ela gostava muito de ser mãe, mas não será um pouco cedo? ainda só passaram 6 meses que saiu de um casamento e que começou a namorar com ele... Continuo preocupada com esta relação, claro está. O meu homem sempre achou exagerado da parte dele falar em ter filhos com ela quando ainda mal se conheciam como casal. Eu também achei, mas não levei muito a sério. Mas parece que ela levou, já falava em fazer-lhe uma "surpresa" e deixar de tomar a pílula sem ele saber... há dias estavamos na brincadeira e ela queixava-se de estar mal disposta. Alguém disse, em tom de brincadeira, que devia ser gravidez e foi aqui que parou tudo! A resposta dele, muito instantânea: "se for, de certeza que não é meu!". Por favor! isto é lá coisa que se diga em público!? Fez-se um silêncio de cortar à faca e ela ficou super triste, porque afinal estavámos todos a brincar. Mas será caso que esta alminha não pensa nas coisas que diz?
Eu fiquei em choque e só me apeteceu tirá-la dali e gritar-lhe: Manda-o dar uma volta e segue pra outra, ele não te merece! Mas achei melhor não.
Eu não era capaz de deixá-lo ficar imune a uma coisa destas! Não lhe perdoava!
Acho que ela está encantada demais para perceber que esta relação não tem futuro. Só espero é que não caia na asneira de possibilitar uma gravidez, depois disto.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ai a minha vidinha

Tenho a cabeça a mil à hora. Não quero pensar muito, mas não consigo evitar. Queria conseguir esperar até sexta (se não ficar tudo resolvido antes), mas acho que não vou conseguir...

Ai ai ai

(só um desabafo)

Adenda: Claro que não consegui esperar até hoje(sexta), mas mesmo assim não tive uma resposta. Acho que estou grávida. Já fiz 3 testes e fiquei na mesma, com dúvidas, porque as risquinhas apareceram muito clarinhas e não foi logo. Mas enfim. Estou ansiosa e não quero contar ainda a ninguém antes de ter a certeza, e nada melhor que um blog anonimo para desabafar. Não se assustem que o Diferente de Mim não se vai tornar um babyblog. Vou continuar a ser eu e os assuntos serão os mais variados, como até agora. Portanto espero que continuem a visitar-me :)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

[Des]Casamentos

Parece que passa a época Primavera-Verão, época mais propícia do ano a Casamentos, entramos na época Outono-Inverno dos "Des"Casamentos (como opto por chamar). À minha volta estão todos ou a engravidar ou a "des"casar. Claro que me preocupam mais os segundos, principalmente quando se tratam de pessoas a quem eu quero bem.

A minha amiga C. (e vamos voltar às preocupações com as amigas) estava casada há mais de 4 anos e tem uma filha com aproximadamente essa idade. Sempre que a ouvia falar do marido parecia-me notar algum desconforto... E ficava constantemente com a sensação que se mantinham juntos pela filha. É claro que quando uma relação não está bem deixa facilmente lugar para outra pessoa, e 3 pessoas não é o número de uma relação. Sou da opinião que as relações não acabam de um dia para o outro, que vão acabando, que se desgastam quando o amor não chega para superar as dificuldades, e que uma 3.ª pessoa só aparece quando isso acontece. Foi que aconteceu no caso da minha amiga C. Pelo que ela diz só se envolveu (fisicamente) depois de ter terminado a relação com o marido, mas contou-lhe. Disse-lhe que havia outra pessoa. Quis ser sincera... Mas esqueceu-se dos problemas que podia trazer-lhe a sinceridade. Agora, no meio pequeno onde mora, não se fala noutra coisa. A ele só lhe falta andar de letreiro ao pescoço a dizer "a C. deixou-me porque tem outro". Os pais dela estão do lado dele.
Nestas situações sou da opinião que o melhor é esconder a outra pessoa. Ao contar só vamos estar a "ferir" o ego do "lesado", mais nada. Não ajuda como motivo, porque se é motivo, é porque houve espaço para isso.
Já terminei um namoro por outra pessoa. Nunca o trai. Foi um namoro que estava destinado ao fracasso desde o 1.º dia, mas durou um ano. Se alguma vez lhe tivesse contado que havia outra pessoa, pelo menos na minha cabeça, tinha sido um pesadelo ainda maior o final daquela relação.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ai tanta chuva

A chuva tarda mas não falha. Parece que o Algarve fica esquecido quando começa a chever no resto do pais mas rapidamente o Sr. S. Pedro se lembra de nós e vá uma aguinha para animar. Gosto de ouvir a chuva quando não tenho de sair de casa, quando posso ficar o dia inteiro no sofá a ver filmes. Gosto de fazer bolos em dias de chuva. O cheirinho dos bolos quentes conforta o ambiente tristonho do céu lá fora. Mas hoje, que tive de sair para vir trabalhar, e que ainda por cima me molhei até chegar ao carro, porque o guarda-chuva estava onde (não) devia estar - no carro - deixar o carro longe da porta do trabalho, molhar os pés e fazer chlock-chlock não é muito agradável. Fico impertinente como as crianças com um início de dia assim. Até me deu para fazer uma reclamação via e-mail para a Câmara Municipal (isto dá outro post, se receber resposta).


Adenda: Para ir almoçar quase precisei de levar o barco, tal não eram as ruas inundadas aqui nas redondezas. Já à tarde, o regresso a casa fez-se sob um sol radiante. Gosto muito de ti S. Pedro!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Amigos, amigos, negócios à parte

Quero ser o mais justa possível, mas não estou numa posição fácil. Há mais de 10 anos que "trabalho" praticamente sozinha num projecto que me é muito querido. A única ajuda que tenho tido, mesmo que pouca e por vezes ineficaz, tem sido a dela. Foi nela que descarreguei os nervos e o stress das situações mais complicadas, foi nela que tentei delegar o trabalho, visto fazer parte da direcção. Passei a frequentar a casa dela e quase a fazer parte da família. Muitas vezes olho para trás e vejo que mesmo assim fiz quase tudo sozinha, que o que ela ajudou foi a meu pedido, e o que fez por iniciativa dela não facilitou em nada o trabalho. Há bastante tempo que penso que a posição dela no trabalho deveria ser substituida. Que devia entregar a pasta e passar o lugar a outro que estivesse mais disponível. Nunca lhe disse nada, porque eu própria não daria conta do recado sozinha (do meu e do dela), porque ia sempre precisar de uma pessoa, e embora a minha confiança nela, enquanto "profissional" não fosse total, e sentisse necessidade de supervisionar sempre tudo, enquanto amiga gosto muito dela. Quero poder dizer que as coisas não mudaram assim tanto, desde há 5 ou 6 meses, mas não consigo. Outra pessoa chegou, e houve mudanças muito significativas. Agora somos duas na minha posição, e a posição dela tem sido posta em causa, porque afinal sou eu, e agora também a nova colega, que fazemos tudo. E o que lhe pedimos para fazer ela não faz. É certo que eu culpo-me imenso por ter deixado passar muitas situações que não devia, que prejudicaram a minha autoridade e o meu trabalho, mas não podia perder a única pessoa que, mal ou bem ainda me ajudava. Agora acho que já chega. Tenho que por um ponto final nisto. Estou farta de ouvir falar mal dela, e de concordar (mesmo que só para mim). Pedi-lhe uma conversa entre as duas. Vou ser sincera. Não quero perder a amizade que tenho por ela, não quero que ela fique magoada comigo, mas a única coisa que posso fazer neste momento é abrir o coração e esperar que ela compreenda e que não se afaste. O sentimento de culpa tem-me invadido os pensamentos nos últimos dias. Não quero ser injusta, mas se não aproveitar a oportunidade que tenho agora de levar este projecto mais além, posso nunca vir a ter outra. E para isto corro o risco de perder uma amizade, corro o risco de fazê-la pensar que estou a ser injusta, que usei e deitei fora... espero que seja madura o suficiente para perceber, espero que não me culpe, espero que não se afaste...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sentido de dever cumprido

Acabei de me inscrever no Registo Português de Dadores de Medula Óssea.
Há já tanto tempo que estava para o fazer e foi preciso ouvir mais um apelo de uma pessoa conhecida para pegar em mim e ir.
Já dei sangue algumas vezes, mas não sou Dadora regular. Agora isto não custa mesmo nadinha. É só ir a um Hospital ou ao Centro de Histocompatibilidade do Sul, preencher o formulário, falar com o médico e retirar uma seringa de sangue para análise, e ficamos registados até aos 55 anos. Se o nosso sangue parecer compatível com o de alguém que precisa somos chamados para mais análises e se se vier a confirmar a comptaibilidade temos que ir a Lisboa ou a Coimbra para fazer a doação de medula.

Não custou nada e hoje, por isto, sinto-me bem.