quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A idade importa?

Sempre que vejo uma rapariga com 20-30 anos com alguém com idade para ser pai dela, questiono sempre a relação. É inevitável. É certo que há homens de 50 anos super charmosos e que nem sequer aparentam a idade, e, confesso, nesses casos, nem penso muito. Agora quando eles são velhos caquéticos, malcriados, atrevidos e abusados, até me arrepio. Pergunto-me sempre qual será o motivo para uma mulher jovem estar com um homem destes, se será o dinheiro, o conforto material, a companhia... os motivos nunca ne parecem suficientemente válidos. Pode ser apenas preconceito meu, mas o que é certo é que não consigo evitar.Ainda ontem vi um homem que conheço, de cerca de 60 anos, com uma miúda na casa dos 20 e poucos. Logo pensei que fosse filha ou empregada dele, porque o ajudava no negócio, mas disseram-me que era a sua mais recente conquista. Ele tem muito dinheiro, ela aparentava ser de um meio pobre, pelo menos em educação. Estava toda aperaltada, com um gosto exagerado de quem nunca pôde ter o que tem agora. Restaram-me poucas dúvidas. Ou então é apenas o preconceito a falar.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sem preconceitos

É fantástico assistir à catalogação que ele faz dos outros. Diz-me que consegue facilmente identificar a orientação sexual deste ou daquele apenas com a observação atenta por alguns minutos. Ele, gay, assumidíssimo, é uma pessoa discreta. Eu achei-lhe piada. Conheço-o há tantos anos, mas há muito que não o via. Desconhecia estas evoluções todas, estas revelações. Não posso negar que é estranho ouvir isto de alguém com quem convivi em criança, não que não esperasse, apenas por não conseguir conceber esta ideia, por não conseguir afastar a imagem daquele miúdo tímido e simpático do antigamente.
Refere-se a um conhecido que diz ser sem o saber. Daqueles que o mais certo é vir a casar, ter filhos, e que só depois de algum tempo tem a certeza que não quer uma mulher, mas sim um homem. Esse até eu consigo identificar, é quase uma versão jovem do Manuel Luis Goucha. Esse deve estar a enganar-se a si próprio. Não creio que haja alguém que o conheça que não ache o mesmo.
Foi estranhamente engraçado reencontrá-lo. Foi um reviver de velhos tempos , no mesmo meio, mas com outra perspectiva. Adorei.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ai esta ansiedade

Às vezes gostava de ser menos impaciente, menos ansiosa. Gostava de conseguir esperar que as coisas se resolvessem sem estar constantemente a pensar nelas, sem que me tirassem o sono. Faço um esforço enorme para não me preocupar, mas por vezes é difícil, ainda para mais quando depende de terceiros, quando dependo dos outros paraum resposta que nunca mais chega. Nop meio disto tudo o que me tira do sério é quando a pessoa que me deve dar uma resposta, uma solução, simplesmente evita falar comigo. Se sim, é sim, muito bem, senão prefiro saber logo, ao menos não ando empatada e resolvo o probelma de outra forma. Evitar-me para não ter que dizer que não é bem pior do que uma resposta negativa. Esta ansiedade está a esgotar-me. Sinto-me muito cansada...

Adenda: O post estava escrito já há dias e agendado. A situação acabou por resolver-se. Fiz um drama por nada, e já me arrependi de ter duvidado desta pessoa que tem estado sempre do meu lado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dos menores aos maiores

Problemas. Estão sempre relacionados com as nossas prioridades. Quando temos algo que nos preocupa é esse o maior problema da nossa vida. E aí, todos somos egoístas. Não importa que possam haver problemas maiores mesmo aqui ao lado, o que importa são os nossos, por isso mesmo, porque são nossos. Agora quando nos deparamos com um problema grave, olhamos para trás e achamos que gastamos demasiadas energias ao dar importância a coisas insignificantes. Foi o que me aconteceu há dois meses. A minha avó, que me criou, e com quem sempre vivi, uma mulher cheia de saúde, ficou, de um dia para o outro, limitada a uma cama de hospital, quase sem se mexer, e sem falar. AVC, muito, muito extenso. O pior para ela é que está consciente de tudo à sua volta e não se consegue expressar. Desde esse dia, eu o meu irmão, e, principalmente, a minha mãe, temos desdobrado o nosso tempo para acompanhá-la o mais possível, para que tenha sempre visitas, mais que uma vez por dia, para se sentir amparada e acompanhada. Até agora temos conseguido, e ela a pouco e pouco tem vindo a melhorar, mas nunca vai voltar a ser como era. Nunca mais vai voltar a ser independente, vai sempre precisar de nós para tudo, ou, na melhor das hipóteses, para quase tudo. É claro que a minha mãe sobrecarrega-se a ela para nos poupar, mas também não podemos deixar que ela entregue a vida dela à doença da minha avó. Está desempregada há um ano e agora surgiu uma oportunidade de trabalho, uma boa oportunidade. Mas levanta-se a questão: como vamos fazer quando a minha avó tiver alta, daqui a pouco mais de um mês? Não vai poder estar sozinha, e a familia somos só nós. A minha mãe não pode deixar de trabalhar. E não há dinheiro para pagar o balúrdio que pedem num lar (em condições, porque está completamente fora de questão ir para um qualquer). A olhar para isto, desvalorizo tudo o que valorizei até agora. Todos os "problemas" que tive até aqui foram legítimos, mas em importância não chegam nem perto deste. Talvez, isto me tenha servido de lição. Talvez comece a dar valor ao que realmente importa. Talvez olhe para o futuro com outros olhos. Ou talvez não. Talvez continue a valorizar as pequenas coisas e a preocupar-me com elas, como até aqui. O que é certo, é que vou sempre parar e comparar, porque foi comigo. E não posso ser hipócrita e dizer que antes conseguia valorizar o que acontece com os outros, porque não é verdade. Só conseguimos atribuir valor ao que nos bate à porta.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tirem-me daqui que eu não sei andar nisto

ai ai ai ai ai
Meti-me numa alhada das grandes. Vou fazer uma coisa que não faço há anos. Desafiaram-me. Diz-se que uma vez que já se aprendeu é como andar de bicicleta, nunca se esquece...
Ai ai
A pressão é muita, ainda faltam duas semanas, tenho tempo para praticar, mas já estou nervosa...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Já saiu o veredicto

Já estava eu a pensar que a chefia não tinha coragem de a pôr a andar. Já imaginava como seriam os próximos meses com ela e como me ia passar da cabeça por ter que aturá-la. Mas afinal, conseguiu-se chegar à conclusão que simplesmente não servia para o trabalho. Venha outra. Prefiro mil vezes perder tempo a ensinar a uma pessoa tudo desde o início, do que estar constantemente a ouvir queixinhas das porcarias que esta fazia. E ainda mais essa, as queixinhas costumam ser feitas a mim, e não à chefia.
Não lhe quero mal. Mas será uma pessoa que a partir de agora me vai ser indiferente. Chamem-me bruta, fria, rancorosa, o que quiserem. A minha relação com ela (que era a mínima indispensável) acabou. Finalmente. Odeio pessoas egoistas, mal agradecidas e convencidas. Se ao principio tinha pena dela, com o passar do tempo deixei de ter. As pessoas apanham o que plantam. E, a esta miúda, não vejo um futuro muito risonho. Espero estar enganda, porque não lhe quero mal. Afinal de contas, não quero saber. Que seja muito feliz, longe do meu trabalho.

Seria hipócrita se escrevesse outra coisa...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Assim ninguém aguenta

Eu sou uma pessoa naturalmente bem disposta. Daquelas que até costuma acordar bem disposta e conseguir estar sempre alegre e sorridente. Gosto da tranquilidade e descontração que isso me traz. Convém é que não me tentem pisar os calos, senão saio de mim. Diz, quem me conhece bem, que até mudo de cor, e que os meus olhos parecem munidos de raios laser quando não posso dizer nada, porque quando posso é até gastar o meu latim (o que demora). Ainda ontem uma colega dizia que não me imagina chateada. Ainda bem para ela, porque não deve ser nada bonito de se ver.

Ontem de manhã, acordei e não tinha água (a bomba do prédio parece estar avariada). O drama. O Horror. Para mim uma lavagem à gato não me serve, mas lá teve que ser. Quando cheguei a casa ao final do dia, já havia água e lá tomei o meu duche, para ao menos me deitar cheirosa. Hoje, acordei à hora prevista, levo a trouxa para a casa de banho meto-me na banheira e qual não é o meu espanto quando abro a torneira e nada. Até me passei. Toca de por tudo num saco e rumar à casa dos meus pais para tomar banho. Quando a porta do elevador abre, vinha a minha vizinha de cima, com uma cara identica à minha, possessa, e dois andares abaixo, entra outra ainda mais furiosa. Não sei como é que aquele elevador não pegou fogo, tal não eram as faiscas que saíam de cada uma de nós. Uma senhora que se preze não sai de casa sem o seu duche matinal. Mas pronto, lá fui eu tomar banho à casa dos papás. Levei tudo, mas não é a mesma coisa que me arranjar na minha casa.
Assim, hoje sinto-me descomposta. Cheirosinha, bem disposta, mas parece que não é a mesma coisa.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Os Homens e os Carros

Talvez não seja a única a reparar que há homens que quando se juntam a primeira coisa que fazem é abrir o capot para ver a "máquina". Será que têm algum complexo de inferioridade pessoal e que lhes faz crescer o ego andarem a ver quem tem a melhor máquina, o melhor motor? Isso leva-me a outro assunto. O carro na visão do homem e o carro na visão da mulher. Para o homem, o carro tem quase o tratamento que tem a mulher. Tem que ser tratado com carinho, com dedicação, estimado. Não conheço nenhum que não tenha sempre o seu carrinho limpinho por dentro e por fora e bem perfumado. Para as mulheres, (pelo menos para a maior parte das que conheço) o carro é para por combustível e andar. De vez em quando lá se compra um ambientador, e pouco mais. As lavagens automáticas riscam o brilho do carro, e aquelas de self service, molham uma pessoa toda e é se tivermos força para segurar na pistola que com a água a correr parece que ganha vida própria. De cada vez que o meu homem pega no meu carro já sei que vou levar dias a ouvi-lo: não tens vergonha, o carro todo sujo. Consegues ver alguma coisa, com o vidro assim? Não deites as garrafas de água e de iogurte vazias para o lixo, que elas vão sozinhas, etc, etc, etc. Por isso evito ao máximo que ele se aproxime do meu carrito. O que eu não percebo mesmo é se lhes faz confusão, porque é que não fazem a boa acção do dia e não vão lavá-lo. Era uma prova de amor à maneira.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Melhores Amigos...

Aprendi muito cedo a não utilizar a expressão "melhor amiga"/"melhor amigo". É verdade que aprendi cedo, mas aprendi tudo à minha custa. À custa de muitas desilusões, de muitas cabeçadas na parede. Com 13 anos já sabia que os melhores amigos por vezes não são aqueles com quem estamos mais, de quem estamos mais próximos, mas aqueles com quem podemos contar sempre, que não nos cobram atenção, que simplesmente são nossos amigos e isso chega só por si. Desde então nunca mais consegui usar o termo melhor amigo.
Tenho algumas amigas especiais. Tenho algumas que conheço desde sempre, outras que conheço há menos tempo mas que parece que sempre estiveram ali. Cada uma é importante à sua maneira, e não consigo dizer que uma é mais amiga que as outras. Mas há uma amiga, que tenho desde o secundário, e que eu tinha como "A amiga", e que apesar de nos termos afastado fisicamente continuamos a manter contacto. Por vezes passavam-se meses que não falavamos mas bastava um telefonema para pormos a conversa em dia. Sempre que ela vinha de férias estavamos juntas, nem que fosse para um café. Mas de há uns tempos para cá sinto que ela se tem vindo a afastar... Principalmente desde que eu casei. Ainda foi algumas vezes lá a casa jantar connosco, mas tem sido cada vez menos o contacto. Eu nunca deixei de estar sozinha com ela por ter o marido em casa, mas tenho a sensação que a amizade já não é a mesma. Já no verão passado tinha achado que estavamos mais distantes. Que o facto de ela não ter namorado a fazia aproximar-se de outras pessoas que estavam também sozinhas, para disfrutar ao máximo das festas. Eu não sou muito de grandes noitadas, nunca fui, e o marido não é uma condicionante. Isto tudo para dizer que fiquei muito triste por saber que ela esteve cá de férias 2 semanas e nem me disse nada. Nem uma mensagem recebi a dizer que estava cá. Até podia acontecer não ter dado para estarmos juntas, mas ao menos tinha sentido que havia uma vontade de saber de mim. Fico triste. Não vou cobrar a visita, nem o telefonema. Não vou esperar que ela me ligue primeiro. Afinal, as amizades não se fazem de cobranças, mas de compreensão. Mas cá no fundo penso muitas vezes em como foi possível ter estado a 5 minutos de mim durante 2 semanas e não querer estar comigo.

Fiquei triste, só isso, e isto não passa de um desabafo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ainda a propósito

...deste post.
Acho que o que sinto é legítimo. Não tenho que me sentir mal por isso. Não me vou afastar, pelo menos para já, e ainda menos quando sinto uma vontade dela em desenvolver um trabalho de equipa. Ontem tive provas disso. Pediu-me que fosse com ela a outra reunião, porque afinal a responsável sou eu, e ela só chegou à equipa agora. Fiquei contente por ser assim. Fiquei contente por sentir que não quer ocupar a minha posição, que quer apenas estar ao meu lado e desenvolver um projecto em equipa.
Ultimamente tenho apanhado tantos baldes de água fria que começo a achar que o normal é as coisas correrem mal, é haver algum interesse maléfico escondido em todas as atitudes. Ontem, fiquei supreendida por ter percebido que os meus receios não tinham fundamento, e não devia ter ficado. Devia ter sabido, à partida, que seria o rumo certo. Afinal, fui eu que lhe dei a oportunidade. Afinal, conheço-a há muito tempo.
Estou satisfeita com a minha escolha. Estou orgulhosa de mim. E dela.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pessoas estranhas (parte I)

Às vezes parece que tenho um sensor e que atraio pessoas estranhas... E como se não bastasse o facto de surgirem à minha volta, ainda têm que abordar-me, que falar comigo... São daquelas coisas que dispenso totalmente.
Ainda esta semana um acontecimento surreal no elevador do meu prédio (o que eu odeio aquele cublículo). O meu vizinho do lado é daqueles homens que parece que deixou a nave na garagem e anda a vaguear pela terra em busca de qualquer coisa que eu ainda não consegui descobrir o quê. Para além do cabelo comprido, com aspecto assim a dar para o oleoso (blherc), e da barba sempre por fazer (e não, a ele não lhe fica bem), o homem transpira que se farta, ao ponto de andar sempre encharcado (que me desculpem os leitores a descrição... até me estou a arrepiar). Já por diversas vezes reparei que tentou meter conversa comigo, o que me pareceu normal, porque afinal todos queremos boa vizinhança. No outro dia no elevador enquanto subíamos, sozinhos, os 8 andares, volta-se para mim e solta a bomba: "tu não te chamas *****?". Eu muito encavacada, disse que sim... e perguntei como é que ele sabia. Diz-me ele que não sabia, mas que tinha a sensação que era o meu nome. Eu devo ter ficado com uma cara de parva tal que ele muito prontamente disse que devíamos ter andado na mesma escola... Realmente a cara dele, com menos uns aninhos, diz-me qualquer coisa. Provavelmente era amigo de alguns amigos meus. Mas um "ataque" daqueles apanhou-me desprevenida. Agora cada vez que o vejo à porta de casa no café, fico a torcer que ele não se lembre de "apanhar boleia" no mesmo elevador!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A mudança

Não queria mudar. Estava tão satisfeita com o meu blog, com algumas visitas que já ia recebendo, e não queria ter que mudar de endereço. O que aconteceu foi que o meu blog anónimo foi descoberto, por distracção minha. Não é que sinta que tenho algo a esconder, mas a intenção de ter um blog anónimo é podermos escrever o que quisermos, sem pensarmos se devemos referir isto ou aquilo. Aqui quero preocupar-me apenas em escrever o que bem me apetecer e apesar de me ter prometido que não ia voltar a abri-lo, que se é importante para mim ia tê-lo como um diário, que por ser meu, e privado, não seria nunca capaz de ler. Eu confio nas palavras, mas prefiro não ficar na dúvida, prefiro continuar a sentir-me livre.

Assim, só o que muda é mesmo a morada porque a casa e a autora são as mesmas.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quando vemos que as coisas funcionam bem sem nós

... nem sempre é fácil. Tenho um trabalho/hobbie há já uns largos anos ao qual me dedico por gostar e não pelo dinheiro que me traz. De há uns 3 anos para cá tenho tido vontade de deixar aquilo, porque me dá mais chatices do que outra coisa. Nunca tive coragem por não ter uma pessoa de confiança a quem entregar a "pasta" e o meu trabalho de vários anos, e não entregaria a qualquer um. Há uns meses encontrei essa pessoa, uma pessoa que conheço desde miúda, e que tem capacidade para pegar no meu trabalho e não o deixar morrer.
Agora levanta-se uma questão... podia deixar aquilo de vez, porque ela tem a disponibilidade que eu não tenho, e uma ligação ao trabalho ainda maior que a minha. O que acontece é que sinto aquilo um bocado meu. As pessoas "reclamam" a minha presença, a minha paciência, e a minha atitude mais compreensiva, e é isso que me faz continuar a ir lá, continuar o meu trabalho, embora tendo que o dividir (e querendo mesmo dividi-lo). O que acontece é que o facto de estar presente apenas em metade do tempo faz-me sentir cada vez mais deslocada. Sinto que ela pegou no meu trabalho como ponto de partida e quer fazer o trabalho dela. Quer pegar naquilo que sabe, que reconheço que tem todo o mérito, e fazê-lo à maneira dela. Tem tido sempre a preocupação de me pedir opinião e de me por a par de tudo, mas cá no fundo, para mim, não chega. Senti-me mal nas últimas vezes, senti que já não pertenço ali... talvez não pertença. E afinal era o que eu queria. Entregar a "pasta" e vir embora de uma vez por todas. Mas não consigo... é mais forte que eu. Preciso de um motivo mais forte... preciso de uma motivação maior para conseguir cortar o umbigo que me prende a esta actividade há quase uma década.
É uma decisão difícil. É muito tempo dispendido. São muitas pessoas. São muitas amizades. São muitas lutas. São muitas vitórias e derrotas. No fundo, é quase uma vida, paralela á minha, que tem vivido ao sabor da minha e que me é muito querida. Quando tiver que sair, saio. E vou fazê-lo de cabeça erguida, mas de lágrimas nos olhos e coração partido...
Por agora a decisão vai ficar por tomar.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Preocupa-me esta relação (parte II)

É muito difícil ver uma amiga deixar-se levar numa relação e não poder fazer nada. Com ainda tão poucos meses de namoro, e uma casa/vida em comum querer mudá-la, querer que ela mude certos comportamentos não me parece muito bem... Custa-me imenso ouvir certas coisas e não deixar que a minha expressão denuncie o que estou a pensar, a minha incredulidade. Custa-me muito que ela faça certas coisas às escondidas dele por ele não gostar, e dizer que só não deixa de fazer porque não quer. Ainda ontem não me consegui conter e em resposta a isso disse-lhe "acho que não estás a fazer bem... se não deixas porque não queres, não devias fazê-lo às escondidas... é pior...". Mas por outro lado não quero ser dura para ela, não quero, de forma nenhuma, influenciá-la nas decisões dela, porque são isso mesmo: decisões dela. Também sei que se deixar transparecer que não concordo com certas coisas, é inevitável que ela se afaste, por temer que eu vá criticá-la. Eu sei que no lugar dela talvez fizesse exactamente a mesma coisa, por isso vou-me aguentando. Vou fazendo as coisas de forma a que ela perceba por ela.
O que também se torna difícil é fazer o meu homem aturá-lo. São o oposto um do outro. O meu, é bastante reservado, vai devagarinho até conhecer as pessoas, depois, se for preciso, é o mais divertido e extrovertido de todos. O dela é extrovertido de mais, ainda mal olhou/falou para uma pessoa e já somos todos amigos para a vida, quer ser logo o centro das atenções e não se priva de opinar sobre tudo, mesmo quando mal sabe do que se fala. É boa pessoa, mas peca pelo exagero. Se até eu que sou até bastante extrovertida me senti um pouco incomodada ao início, ele então não gostou, mesmo. Acha-o um bocado palhacinho e não tem paciência para aturá-lo... Sei que faz um esforço, porque lhe pedi, porque sabe que ela é importante para mim, e porque também gosta muito dela, mas nem sempre tem paciêcia. Há dias que não consegue.
Custa-me esta situação, e peço desculpa aos meus (poucos) leitores, por este ser um assunto recorrente, mas é a única maneira que tenho de expressar o que sinto sem magoá-la, e até de ter mais alguma opinião de fora... Sei lá, faz-me bem desabafar aqui.