Deparei-me com as traições muito cedo. Se por um lado foi um choque muito grande, por outro ajudou-me a crescer e a abrir os olhos. Sinto que o que muitas raparigas aprendem aos 17/18 anos eu aprendi aos 13/14.
O tema “traição” perseguia-me. Ainda no tempo em que os namoros na adolescência não passavam de beijinhos na boca, descobri que os homens não eram assim tão sinceros, e que a namorada não estava no centro do mundo. E que para além de terem o olhar aguçado em todas as direcções, ainda molhavam o bico aqui e ali.
O primeiro namorico que tive deixou-me marcas durante um tempo. Traiu-me, e contou-me. Eu, parva, desculpei-o por ter sido sincero. Ainda não tinha aprendido que depois da primeira vez vem a segunda, e a terceira… Anos mais tarde, já com outro namorado de adolescência, um dia juntei 2+2 e descobri que ele andava com outra, ou que pelo menos se preparava para andar. Acabei com ele sem nunca ter admitido o que eu sabia. Pouco depois começou a namorar com essa dita cuja, até hoje.
Com isto podia ter ficado seriamente traumatizada, e tornar-me uma pessoa possessiva e ciumenta, mas nada disso. E nem suporto ciúmes, muito menos obsessões. São estes sintomas a aparecer e eu a fugir a sete pés.
Mas isto tudo para dizer que desde aí percebi que se alguém já foi capaz de trair (seja por que motivo for), vai fazê-lo de novo, mais cedo ou mais tarde. Por isso sempre me mantive a milhas de distância daqueles que eu sabia que já tinham enfeitado a testa de alguém.
As pessoas não mudam. As pessoas simplesmente adaptam-se. Aprendem a viver com. Cedem.
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1 comentário:
concordo plenamente! acho exactamente o mesmo!
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